Após Ibovespa ter queda de 3,34% em agosto, as carteiras mensais feitas pelos analistas das principais corretoras do país foram divulgadas com suas recomendações para setembro. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as 3 ações mais recomendadas e suas teses abaixo.

Confira as top 3 ações recomendadas pelos analistas

Vale (VALE3)

Os analistas continuam boas perspectivas para as ações da Vale, pelo forte resultado no 2T20 e a resiliência do minério de ferro em USD 124 com a forte demanda chinesa em infraestrutura. Além disso, ressaltam que mesmo diante das despesas não recorrentes, das provisões (cerca de US$ 6.5 bi) e de todos os dispêndios relacionados ao incidente, a companhia segue com fluxo de caixa robusto, reduzindo sua dívida líquida quase pela metade em um ano.

Para 2020 as expectativas são positivas, com a commodity se mantendo resiliente mesmo com o surto do coronavírus, com destaque para o ramp up final do projeto S11D, que conta com produtos de maior qualidade e menor custo operacional, e forte geração de caixa. Recentemente, a Vale anunciou o início de negociações para a venda de sua operação na nova Caledônia com a empresa NCZ. O objetivo da transação é estancar o contínuo dispêndio em termos aporte de caixa nesta operação, vale destacar que desde o início da operação 2011 a unidade nunca gerou fluxo de caixa positivo. Além disso, com a venda deste ativo a companhia passa a manter maior foco nas operações core (Minério de ferro) e mais rentáveis da Vale, reduzindo a participação das vendas de níquel e cobalto no mix de produtos.

Assim, a Vale reportou um sólido resultado e anunciou a retomada da política de pagamento de dividendos, sendo composto de 30% do EBITDA excluindo os investimentos correntes. Os pagamentos serão feitos 2x por ano e há a possibilidade de dividendos extraordinários, dado a forte geração de caixa da Vale e a ausência de investimentos relevantes no curto-médio prazo

B3 (B3SA3)

Como esperado pelos analistas, a B3 postou outro forte conjunto de resultados no 2T, com uma receita ligeiramente acima dos números (fortes) do 1T. Os resultados do 2T também trouxeram várias boas notícias, já que o guidance de payout de 2020 entre 120-150% foi reiterado, a empresa está cumprindo o roteiro de produtos (incluindo BDRs) e os volumes continuaram em níveis resilientes em julho/agosto.

Com as taxas de juros anormalmente baixas e fluxos de informação substancialmente mais altos por meio de canais digitais, houve um rápido aumento no número de investidores de varejo (Pessoa Física) na B3. Embora parte desta nova atividade comercial possa ser indiscutivelmente cíclica (de curto prazo por natureza), o COVID-19 pode ter apenas acelerado as tendências estruturais em vários anos, o que pode se provar muito poderoso para a B3 e a indústria de mercado de capitais do Brasil. Como resultado, a B3 tem sido uma das principais ações na visão dos analistas e, portanto, merecidamente mantém seu lugar nas mais recomendadas por mais um mês.

Via Varejo (VVAR3)

A consolidação da atuação omnichanel, com o turnaround operacional da companhia, foco na ampliação de suas vendas, redução de despesas e aprimoramento de seus sistemas operacionais tendem a trazer valor importante para Via Varejo no médio prazo. A aquisição do Banqi também auxilia o posicionamento da empresa no processo de digitalização, ampliando a capacidade em desenvolver também os serviços financeiros online, via carnês e, posteriormente, utilizando a ampla base de clientes das companhias da Via Varejo para integralização dos serviços financeiros.

Com o início da crise da COVID-19 e as medidas de isolamento social, a companhia intensificou suas ações relacionadas ao desenvolvimento da estrutura online. Seu canal digital passou a representar mais de 34% do GMV, com os aplicativos da Casas Bahia e Ponto Frio saindo de 1,5 milhões de downloads em junho/19 para mais de 15 milhões um ano depois.

O follow on realizado recentemente no valor de R$4,45 bilhões, a capitalização via debêntures de R$1,5 bilhão e o alongamento das dívidas de curto prazo com fornecedores devem trazer a solidez financeira necessária para que a Via Varejo amplie sua capacidade de atuação no setor, destravando valor importante para a companhia. Os analistas também destacam o valuation atrativo, VVAR3 é negociado a 1,3x EV/Receita , enquanto MGLU3 é negociado a 5,1x e BTOW3 a 6,0x.

Fonte: BTG Pactual, Guide Investimentos e Necton

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