Ainda em meio ao coronavírus, as carteiras mensais feitas pelos analistas das principais corretoras do país foram divulgadas com suas recomendações para maio. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as 3 ações mais recomendadas e suas teses para os nossos assinantes.
Confira as top 3 ações recomendadas pelos analistas
Vale (VALE3)
Após 16 meses ininterruptos de liderança da Petrobras em recomendações, a Vale finalmente tomou o primeiro lugar, mas porque agora?
Os analistas veem boas perspectivas para as ações da Vale, que ainda sequer recuperaram o patamar registrado antes da tragédia de Brumadinho, no início do ano passado.
Também ressaltam que mesmo diante das despesas não recorrentes, das provisões (cerca de US$ 6.5 bi) e todos os dispêndios relacionados ao incidente, a companhia segue com fluxo de caixa robusto, reduzindo sua dívida líquida quase pela metade em um ano.
Para 2020 as expectativas são positivas, com a commodity se mantendo resiliente mesmo com o surto de coronavírus, com destaque para o ramp up final do projeto S11D, que conta com produtos de maior qualidade e menor custo operacional, e forte geração de caixa.
Petrobras (PETR4)
Embora tenha perdido o posto de primeira colocada, a companhia petrolífera continua sendo lembrada pelos analistas.
Os analistas esperam que a cotação mantenha a recuperação iniciada em abril. Acreditando que em maio o mercado internacional de petróleo vá paulatinamente se normalizando, assim como o eventual encerramento do período de quarentena permita o retorno das vendas de combustíveis no mercado interno.
A Petrobras já divulgou seus números de produção e vendas no 1T20, que foram bons. O volume produzido no trimestre mostrou um substancial aumento (16,1%) comparado ao 1T19, em consequência do crescimento na produção nos sistemas instalados recentemente.
Portanto, em vendas, o volume total cresceu bem (6,0%), puxado pelas exportações, dado que o mercado interno continuou fraco.
A empresa vai divulgar seus resultados do 1T20 no dia 14 de maio, após o pregão. O mercado espera um bom resultado operacional, em função dos dados já divulgados. Os impactos da pandemia devem ser observados somente no 2T20.
B3 (B3SA3)
A tese dos analistas para essa companhia é simples: com um bom grau de confiança, a B3 apresentará o melhor trimestre de todos os tempos no 1T20.
Até agora no trimestre, o volume médio diário de negociação de ações é de R$ 29 bilhões, um aumento de 48% t/t. E os volumes de futuros também subiram devido a uma maior volatilidade em ações, taxas de juros e câmbio.
Portanto, não é uma surpresa total para os analistas que a B3 venha performando melhor que os demais no acumulado do ano. Assim, o IBOV caiu 31% e a B3 caiu apenas 9%.
Fontes: BTG Pactual, Necton e Planner