Em meio ao coronavírus, as carteiras mensais feitas pelos analistas das principais corretoras do país foram divulgadas com suas recomendações para abril. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as 3 ações mais recomendadas e suas teses para os nossos assinantes.

Confira as top 3 ações recomendadas pelos analistas

Petrobras (PETR4)

A empresa segue liderando o ranking das ações mais indicadas pelo décimo sexto mês consecutivo. Mas o que faz ela ser uma unanimidade todo o mês, mesmo em meio ao caos do coronavírus e da guerra de preços do petróleo?

Embora ainda seja muito cedo para uma avaliação mais precisa de quanto mais impacto o novo Coronavírus pode afetar a demanda global de petróleo, os analistas acreditam que os riscos parecem distorcidos.

Esta desvalorização foi consequência das preocupações com o impacto das restrições de movimentação na demanda por combustíveis e também com a guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia.

Os analistas acreditam que a maior parte da redução nas cotações do petróleo e da demanda no mercado interno, já estão descontadas no preço de PETR4, com queda de 44,8% em março. No atual patamar das cotações do petróleo, ao redor dos US$ 20 por barril, todos os produtores estão sendo muito prejudicados.

Com isso, os analistas esperam que esta guerra de preços seja resolvida muito em breve para benefício de todos.

A visão é de que a companhia possui uma das melhores teses de recuperação, com uma combinação convincente de (i) redução de riscos por meio de seu programa de desinvestimento que deve continuar a desalavancar a empresa, (ii) maiores retornos por melhor alocação de capital e foco em seu segmento de E&P e (iii) maiores pagamentos de dividendos a partir de 2021.

Dessa maneira, os analistas esperam que a Petrobras continue entregando na maioria das frentes que pode controlar e prevemos uma CAGR de produção de 5% até 2024.

Por fim, espera-se que Petrobras comece a receber ofertas vinculativas para 4 de suas refinarias à venda já no 1S20, adicionando espaço para uma potencial valorização no curto prazo.

Vale (VALE3)

Após passar um mês fora do top 3, a empresa retorna como uma das mais indicadas para abril.

Embora geralmente seja uma má ideia comprar ações de commodities durante uma recessão, os analistas percebem algumas características defensivas na Vale, que acreditam que poderiam atenuar a desvantagem (ou garantir um desempenho relativamente superior) em meio à crise do coronavírus.

Existem várias razões para acreditar que a China está ressurgindo do vírus e os negócios estão normalizando, o que faz os analistas acreditarem ser o aspecto crítico do otimismo para o caso
(a Vale é, em última análise, uma peça da China).

Os fundamentos do minério de ferro continuam se mantendo bem com a normalização da China e os desafios da oferta, já que os preços permanecem na faixa de US$ 80-90/t (mesmo que se
espere que os preços caiam mais à frente).

Nesses níveis, tudo indica que a Vale poderia entregar acima de US$ 15 bilhões em EBITDA em 2020, colocando a empresa em um rendimento acima de 15% (considerando as saídas de
Brumadinho).

A alavancagem reduzida da Vale, dívida líquida de ~0,5x em relação ao EBITDA, e o balanço defensivo também devem ajudar a empresa a enfrentar a tempestade. A preços atuais, os analistas observam as ações precificando uma reversão permanente da curva de minério de ferro para ~US$ 59/t, o que é bem exagerado, e a Vale sendo negociada em ~3,5x EBITDA 20.

B3 (B3SA3)

Estreante no top 3, a ação da bolsa brasileira é vista com bons olhos pela maior parte dos analistas, por não perder tanto com a crise do coronavírus.

A expectativa dos analistas é que os números operacionais da B3 continuem com um volume mais forte neste 2020, especialmente de ações (segmento Bovespa) e futuros (segmento BM&F), diante do quadro de taxas de juros mais baixas e oportunidades dentro da renda variável.

Apesar do cenário de ofertas ter piorado em decorrência dos impactos do coronavírus nos mercados, os analistas esperam ver IPOs e follow-ons voltando em velocidade reduzida no segundo semestre de 2020. Isso com certeza é algo que deve impulsionar os ganhos operacionais da B3.

Destaca-se ainda o poder de diversificação da receita da B3, com fluxo bastante resiliente, com serviços completos de trading, clearing, liquidação, custódia e registro, e posicionamento dominante em derivativos, ações, câmbio, renda fixa e produtos de balcão.

No longo prazo, os analistas esperam que a B3 continuará procurando por novas oportunidades de crescimento inorgânico na América Latina. Em suma, a B3 possui alto potencial de crescimento e risco menor em relação a uma possível concorrência.

Fontes: BTG Pactual, Guide e Planner

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