Com a virada de mês e as incertezas ainda no radar, os analistas da Necton atualizaram suas carteiras para abril. Confira três empresas de dividendos recomendadas e suas teses abaixo.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco tem mostrado gradual ganho de rentabilidade nos últimos anos, com crescimento do lucro líquido de 30,5% no ano de 2019 sobre 2018 e alta de 12,3% na margem financeira líquida.

O guidance para o consolidado do ano também sinaliza uma recuperação interessante, com a rentabilidade sobre o patrimônio da companhia convergindo gradativamente para o patamar dos bancos privados.

Além disso, em termos de múltiplos de negociação, o Banco do Brasil encontra-se descontado frente aos seus pares, com o P/ BV, por exemplo, em 0,76x contra 1,63 do Itaú e 1,26x do Bradesco. O payout ratio do Banco do Brasil é 37%.

Porto Seguro (PSSA3)

Os analistas da Necton acreditam que a Porto Seguro deve figurar entre as melhores pagadoras de dividendos de 2020, por conta do forte resultado financeiro da companhia e a diminuição dos sinistros ao longo do ano, que devem melhorar sua rentabilidade, gerando um lucro recorde para a empresa.

A companhia deve repetir o payout do ano passado e distribuir em torno de 100% do resultado líquido durante o ano, se tornando atraente para investidores que buscam ganhos via distribuição de proventos. Nos últimos 12 meses seu dividend yield é de 4,4% e o payout de 50%.

CPFL Energia (CPFE3)

A CPFL Energia é uma empresa integrada, com exposição principalmente ao segmento de distribuição, onde atua em cidades no interior de São Paulo e no Rio Grande do Sul, que juntas correspondem por 14% do mercado nacional.

Essa subdivisão, que possui maior correlação com o crescimento econômico, responde por cerca de 60% do EBITDA consolidado da companhia. Em geração, a CPFL ocupa o lugar da terceira maior empresa privada do país, contando com um portfólio diversificado, com usinas hidrelétricas, eólicas, solares e termelétricas.

Os analistas da Necton ressaltam também a sólida posição financeira, com uma relação dívida líquida/ EBITDA de 2,6x e maior exposição ao CDI, o que deve se refletir em redução no pagamento de juros ao longo desse ano.

Além disso, os analistas vislumbram que a companhia está bem posicionada para fazer frente a potenciais aquisições, com a privatização e/ou concessão de empresas regionais. O payout da elétrica é de no mínimo 50%, o que perfaz um yield estimado de quase 3% para 2019 e 2020.

Fonte: Necton

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