Os arrozeiros do Rio Grande do Sul estão trabalhando no auxílio para acelerar a drenagem das águas das cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre. Em ação realizada pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) em parceria com empresas e instituições, o objetivo é utilizar a experiência na área de irrigação por meio de bombas, insumos e pessoal qualificado.O objetivo é utilizar as bombas na questão da drenagem das águas, buscando beneficiar mais de 500 mil desalojados e reduzir o tempo de escoamento das cidades atingidas pelas cheias, por meio de uma mobilização voluntária de apoio às autoridades locais.A Federarroz está mobilizando os arrozeiros, empresas e técnicos a participar de forma voluntária e se unir neste mutirão de ajuda. A meta é aumentar a capacidade de bombeamento para fora dos seus diques para que o tempo de drenagem seja reduzido de forma significativa.A entidade acredita que o setor arrozeiro, com seus sistemas de bombeamentos de flutuantes pode e deve auxiliar nesta ação humanitária. “A iniciativa de auxiliar na drenagem é fundamental para que a gente possa, em um curto espaço de tempo, tirar esta água e as pessoas poderem retornar às suas residências e aos seus negócios”, destaca o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.A medida vem sendo utilizada já em Pelotas, na Zona Sul do Estado, em um projeto que mobilizou recursos voluntários, com pessoal técnico, bombas, equipamentos e materiais, aumentando a cota de diques, fechando pontos vulneráveis e instalando bombas com potencial de prevenir alagamento de zona protegida por dique, em complemento à estrutura do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep).O tempo de drenagem na cidade foi reduzido em 60% de acordo com estimativa baseada em cálculo de capacidade de drenagem adicionada ao sistema, conforme a Federarroz. Em Porto Alegre, arrozeiros de Mostardas (RS) já estão auxiliando no escoamento no bairro Anchieta, na Zona Norte da capital gaúcha, onde fica a região do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O aeródromo ficou completamente submerso e só deve voltar a operar em setembro.Os produtores e as empresas interessadas em disponibilizar seus equipamentos, insumos ou serviços especializados na ação humanitária podem entrar em contato com a Federarroz pelo WhatsApp (51) 98065.4000 ou e-mail [email protected]. Participam da iniciativa as empresas WR, InfoSafras, Gebras, Agropecuária Canoa Mirim, Expoente, Numerik, CCM, Instituto Caldeira e Idealiza.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte