Arrecadação de impostos no 1° semestre aumenta 24,5% sendo a maior desde 2007

A Receita Federal atingiu um recorde histórico em arrecadação de impostos. Só no primeiro semestre de 2021, o órgão federal recebeu R$ 881,996 bilhões.

Dessa forma, o valor representa um aumento de 24,49% sobre o acumulado no mesmo período do ano passado. Com isso, esse se tornou o maior volume para o período na série histórica da Receita Federal, iniciada em 2007.

“A recuperação foi em V, caiu mas subiu rápido, assim como o desenho da letra. Temos certeza de que vamos superar substancialmente o nível do PIB (Produto Interno Bruto), que estava preso desde 2015, quando o Brasil começou a afundar”, afirmou Paulo Guedes, ministro da Economia, em coletiva realizada para apresentar os resultados da arrecadação.

Comparações

No mês passado (junho), a arrecadação de impostos somou R$ 137,169 bilhões, cerca de 46,77% a mais em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse valor foi o maior arrecadado em junho desde 2011.

De acordo com a Receita Federal, os bons resultados do mês se deram devido ao comportamento das principais variáveis macroeconômicas do mês, além do crescimento de 89,4% dos valores compensados de tributos.

Na coletiva, Guedes comemorou os resultados da arrecadação no primeiro semestre. Além disso, de acordo com o ministro, praticamente todos os impostos registram altas expressivas.

Isso se refere ao Cofins e Pis/Pasep, com aumento de 40%, imposto de renda de pessoa jurídica que subiu 34%, assim como as importações que ficaram 18% mais altas. Esses dados são importantes para o termômetro do ritmo de crescimento de uma economia, segundo Guedes.

Arrecadação de impostos aumenta 24,5% no 1° semestre e alcança maior valor desde 2007
Real: moeda brasileira (Reprodução G1)

Desonerações bilionárias

As desonerações concedidas pelo governo somam uma renúncia fiscal de mais de R$ 46 bilhões, só no primeiro semestre de 2021.

Dessa forma, apenas no mês de junho, as desonerações de impostos chegaram a um total de R$ 7,083 bilhões. Em comparação ao mesmo mês de 2020, o resultado se mostrou menor, uma vez que o valor ficou em R$ 8,394 bilhões no ano passado.

Guedes afirmou que “a gente pode e deve avançar numa reforma tributária mais ousada. A nossa receita do bolo, os vetores da reforma são muito claros. Vamos tributar lucros e dividendos, que não pagam impostos a mais de 25 anos e é a jabuticaba brasileira, uma máquina de privilégios que favorece os super ricos e taxa empresas, que são veículos de emprego, produtividade e salário dos trabalhadores”.


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