Apesar da expectativa de desaceleração do PIB no segundo trimestre, o secretário de Política Econômica (SPE) da Fazenda, Guilherme Mello, disse que a equipe econômica vislumbra um “fenômeno positivo” com a melhora nos indicadores de confiança de diversos setores, como de serviço, e também por parte dos consumidores – embora ainda persista o patamar de 13,75% da taxa Selic. “Tudo isso tem mostrado melhorias expressivas, nos dá alguma esperança de que setores que são mais afetados pela política monetária possam apresentar alguma recuperação, em particular havendo uma reversão da política monetária”, disse em coletiva de imprensa.

O Boletim Macrofiscal divulgado nesta quarta-feira, 19, pela SPE indica um crescimento de 0,3% na margem no segundo trimestre do ano, ante 1,9% verificado nos três primeiros meses de 2023. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, projeta-se crescimento de 2,7%. “Com a desaceleração setorial, a projeção de PIB de segundo trimestre é de +0,3%”, destacou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal. Segundo ela, a contração de crescimento apontada pelo IBC-Br, de queda de 2% em maio, não impactou as projeções da SPE.

De acordo com a Fazenda, no trimestre, a expectativa é de retração no setor agropecuário, desaceleração em Serviços e leve melhora na Indústria. Para a Agropecuária, a projeção é de queda de 2,9% na margem, repercutindo, sobretudo, o fim da colheita de soja, atividade com impacto concentrado no primeiro trimestre.

Para Serviços, a perspectiva é de alta de 0,4%, ante 0,6% no primeiro trimestre. A desaceleração está relacionada ao menor crescimento esperado para os subsetores de Transportes e Comércio, positivamente influenciados nos três primeiros meses pela colheita e comercialização da soja, e ao desempenho moderado esperado para atividades mais sensíveis ao ciclo, apontou a Fazenda.

Para a Indústria, o crescimento projetado é de 0,3%. “Espera-se retração para os subsetores de Transformação e Construção, a ser compensada pelo desempenho positivo previsto para a Indústria extrativa e para a Produção e distribuição de energia e gás”, prevê a SPE.

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