Análise feita pela BR Rating, agência de rating de governança corporativa, aponta que apenas 3,5% das empresas no Brasil têm mulheres CEOs. Foram analisadas 486 empresas: 59% nacionais e 41% multinacionais, com 200 a 10 mil colaboradores.

A baixa presença feminina também se faz presente em cargos de gerência (19%) e de diretoria (16%). Com relação ao quadro executivo, 42% das empresas contam apenas com homens, 56% têm ambos os gêneros ocupando essas vagas e apenas 2% têm somente mulheres. Na média, o total de cargos executivos preenchidos por elas é de 23%.

Outra barreira é a disparidade salarial. Em empresas de varejo, produtos de consumo e comunicação, o salário recebido pelas profissionais é, em média, 7,5% menos do que o recebido por eles. Em setores como mineração, siderurgia, metalurgia, construção civil e engenharia, a diferença vai para 23%.

“Se fizermos um novo levantamento em 2022, acredito que haverá mais mulheres em posição de comando. Elas já ocupam posições de destaque nos Conselhos de Administração”, afirma Ronald Bozza, sócio da BR Rating.

O executivo destaca, ainda, que o mercado tem evoluído de forma lenta, e que a agenda ESG deve acelerar esse avanço. No entanto, é preciso olhar também para outros grupos sub-representados.

“A diversidade é um item importante na composição do modelo ESG. E quando digo diversidade, não me refiro apenas às mulheres, mas também aos LGBTQ+. Por que só homens e mulheres heterossexuais? Os outros grupos também têm inteligência e sagacidade empresarial para contribuir fortemente para o crescimento das corporações”, complementa.

Com informações da CNN Brasil e do Mercado & Consumo.

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