A ANP divulgou o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural com dados detalhados referentes a junho de 2020. Neste mês, a produção nacional foi de 3,821 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 3,013 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 128 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural. É a primeira vez desde janeiro, quando foram produzidos 3,168 MMbbl/d, que a produção nacional de petróleo supera 3 MMbbl/d.
A produção de petróleo aumentou 9% se comparada com o mês anterior e 17,8% frente a junho de 2019. No gás natural, houve aumento de 12,3% em relação a maio e de 15,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
O aumento de produção deve-se, principalmente, aos campos de Lula e Búzios; que respondem em conjunto por mais de 50% da produção total nacional, tanto de gás quanto de óleo. Em Lula, houve retomada de produção do FPSO Cidade de Angra dos Reis e da produção à plena carga do FPSO Cidade de Mangaratiba e da P-67. Já em Búzios, houve o retorno à produção à plena carga das FPSOs P-74 e P-76.
Destaca-se também o aumento da jazida de Sururu, devido à entrada em produção de seu primeiro poço; o retorno completo da P-43, no Campo de Barracuda; e a retomada de Manati e Gaviões, que são campos de gás não-associado, dependendo de despachos de energia elétrica e consumo de gás no mercado.
Durante o mês de junho, 34 campos tiveram a suas respectivas produções interrompidas temporariamente devido aos efeitos da pandemia da Covid-19, dos quais 16 marítimos e 18 terrestres, e um total de 60 instalações de produção marítimas permaneceram com produção interrompida. Não houve alteração em relação ao mês de maio.
Pré-sal
A produção no Pré-sal em junho foi de 2,671 MMboe/d, o que corresponde a 69,9% do total nacional. Foram produzidos 2,125 MMbbl/d de petróleo e 86,76 MMm3/d de gás natural por meio de 118 poços. Houve aumento de 13% em relação ao mês anterior e de 37,2% em relação a junho de 2019.
Neste mês, teve início a produção na jazida compartilhada de Atapu, que compreende os campos de Atapu, Oeste de Atapu e uma parcela de área não contratada da União, por meio da plataforma P-70, na porção leste do Pré-sal da Bacia de Santos
Aproveitamento do gás natural
Em junho, o aproveitamento de gás natural foi de 97,6%. Foram disponibilizados ao mercado 56,3 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 3,132 MMm³/d, um aumento de 12,6% se comparada ao mês anterior e uma redução de 22,7% se comparada ao mesmo mês em 2019.
O aumento da queima de gás em relação a maio se deu devido ao início da operação da P-70, em Atapu, queimando toda a produção de gás em seu comissionamento, além da entrada em operação de mais um poço na jazida de Sururu e do aumento da produção em Búzios, Sapinhoá e Jubarte.
Origem da produção
Neste mês de junho, os campos marítimos produziram 96,8% do petróleo e 85,8% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 95,5% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Porém, os campos com participação exclusiva da Petrobras produziram 41% do total.
Destaques
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 1,017 Mbbl/d de petróleo e 44,4 MMm3/d de gás natural.
A plataforma Petrobras 75, produzindo no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados; produziu 163,409 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo.
A instalação FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no campo de Lula, por meio de sete poços a ela interligados, produziu 7,565 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.091. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 67.