O BB Investimentos demonstrou certa frustração no relatório. “Esperávamos que o quarto trimestre de 2024 seria um período mais positivo para a bolsa no Brasil do que o que vimos se materializar ao longo desse primeiro terço, em outubro. Ainda é cedo para descartar a hipótese de um fechamento de ano positivo, mas alguns fatores que entraram na conta colocaram os investidores em compasso de espera, fazendo com que nossa abordagem para novembro seja neutra.”
Conforme os analistas, importantes limitadores para o desempenho de mercados emergentes, “que estavam sendo considerados de forma mais tímida, ganharam corpo nas últimas semanas, sobretudo os efeitos decorrentes do desfecho das eleições americanas, cujo resultado conheceremos nos próximos dias”.
Eles ressaltam que é importante, sob a ótica do mercado de ações no Brasil, que o tema da política monetária nos EUA permaneça como elemento central da tese de investimento. “Nesse contexto, os investidores têm construído algumas convicções em torno das probabilidades de vitória atribuídas a cada um dos candidatos.”
Duelo das eleições
Uma possível vitória de Trump tem sido interpretada como o mais inflacionário no curto e médio prazos, “com potencial efeito de perda do dinamismo do crescimento global pela imposição de barreiras tarifárias entre EUA-China, fazendo com que o FED precise adotar uma postura mais austera do que as projeções indicavam”.
Se Kamala levar a Casa Branca, terá menor pressão sobre esses fatores, “o que poderia desencadear um movimento de enfraquecimento do dólar. Um desdobramento no qual o crescimento chinês não fosse colocado sob risco tende a ser mais benéfico para o comportamento das commodities, cenário positivo para o Brasil”.
Gatilho no Brasil
No Brasil, enquanto o mercado aguarda a divulgação do pacote de corte de gastos, nos dados mais recentes, “houve piora nas expectativas de inflação, o que tem pressionado para que o ciclo de ajuste da Selic se encerre em patamar mais elevado (mercado aponta para 13%)”, destaca o BB.
“Diante desse contexto, avaliamos como upside risk a dimensão das medidas a serem anunciadas, uma vez que já há pressão na curva de juros no cenário contrário.”
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