Com o cenário da economia como está, para os analistas da Ágora, falando especificamente do aspecto econômico, qualquer que seja o vencedor das eleições nos EUA, não parece muito animador.
“O déficit fiscal americano tem se mostrado muito elevado e, considerando as principais propostas dos dois candidatos (mais gastos públicos no caso de Harris, corte de impostos no caso de Trump) a dívida americana seguirá crescendo após as eleições. Além disso, independentemente de quem ganhe, a inflação seguirá crescente, o que naturalmente impede um grande ajuste de juros para baixo”, justificam o desânimo os analistas.
Além disso, os números recentes corroboram esta percepção de taxa de juros terminal mais elevada, “já que as últimas leituras de atividade indicam uma economia pujante, afastando qualquer preocupação de recessão no curto prazo”.
Outubro de Halloween se estende no aspecto econômico mundial
Segundo a XP Investimentos, outubro foi um mês negativo para as bolsas globais. A explicação dos analistas é baseada nos fatores como alta das treasuries, redução na expectativa de cortes na Fed Funds Rate, incertezas relacionadas às eleições nos EUA e temporada de resultados que geraram volatilidade.
Em termos globais, o ceticismo quanto ao efeito e magnitude das medidas de estímulos na China provocaram uma correção nas bolsas da região, após rali de setembro. Na Europa, atividade econômica enfraquecida e pacote fiscal no Reino Unido puxaram as bolsas para baixo. No Japão, eleições e incerteza sobre os próximos passos da política monetária pesaram sobre o desempenho das ações.
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