A Americanas (AMER3) continua a enfrentar uma tempestade financeira enquanto atravessa seu processo de recuperação judicial. Nos últimos dias a companhia esteve em destaque nas mídia após diversos acontecimentos.
Na semana de 12 a 18 de agosto, a companhia, que já foi um dos maiores nomes do varejo brasileiro, registrou uma redução significativa no quadro de colaboradores. Assim, encerrando o período com 32.950 funcionários sob o regime CLT e realizando 446 demissões, além do fechamento de duas lojas. Em meio a esses desafios, o conselho da empresa aprovou, no dia 14 de agosto, um limite de até R$ 100 milhões para a celebração de contratos que envolvam responsabilidades ou renúncia de direitos, de acordo com o estatuto social da companhia. Para contratos de garantia, no entanto, não foi estabelecido limite, visando proteger processos administrativos e judiciais.
Outro tema foi a forte queda das ações que agora negociam na faixa dos R$0,08. Uma queda de mais de 85% no mês. Conforme as notícias, os credores que receberam ações da Americanas como parte da compensação pelo calote bilionário, incluindo o Santander (SANB11), não perderam tempo para vender esses papéis na B3 e tentar minimizar seus prejuízos.
Segundo o site Seu dinheiro, o Santander, por exemplo, converteu parte de seus créditos em ações, reduzindo sua participação na empresa para 4,87%. De acordo com as normas do mercado de capitais, qualquer movimento que altere a participação acionária acima ou abaixo de 5% deve ser informado, o que gerou especulações sobre o impacto dessas vendas no mercado.
Aumento de Capital da Americanas (AMER3) e reações do mercado
Como parte do esforço para se recuperar da crise gerada pela descoberta de uma fraude contábil, a Americanas anunciou um aumento de capital de R$ 24,5 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões vieram de novos aportes dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Dessa forma, o restante é fruto da conversão de créditos de bancos credores, incluindo o Santander, em novas ações. No entanto, a liberação para negociação dessas novas ações resultou em uma queda abrupta de mais de 80% no valor dos papéis, que fecharam a R$ 0,07 no último pregão.
Como investidores poderiam agir?
Para investidores atentos, este cenário volátil representa altíssimo risco apesar das ações estarem negociadas por centavos. Conforme analistas, o ideal é explorar oportunidades em outras ações, diversificando a carteira com empresas que estão longe dessa turbulência.
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