American Depositary Receipts (ADRs), são certificados de ações, emitidos por bancos americanos, com lastro em papéis de empresas brasileiras. Conforme a tradução livre o Recibo Depositário Americano permite que as empresas estrangeiras negociem seus títulos nas bolsas de valores dos Estados Unidos.

Como funciona ADRs (American Depositary Receipt)

O processo de criação do certificado de ações ADRs envolve a solicitação da autorização do funcionamento do Banco Central e estar habilitada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Assim, um banco dos EUA emite os recibos relacionados a esse título e os coloca em um mercado de balcão ou Bolsa de Valores. O ADR pode ser uma única ação, uma fração ou um conjunto de ações.

Para categorizar as ações, os American Depositary Receipts são divididos em 3 níveis:

Nível 1

Negociadas apenas no mercado de balcão.

Nível 2

Autorizadas a serem negociadas diretamente na Bolsa de Valores. Por exemplo: Nasdaq e NYSE.

Nível 3

Neste caso, envolve o lançamento de uma Oferta Pública. É semelhante ao IPO, mas apenas de ADRs, e por isso, é obrigatório que as ações disponibilizadas nesse nível sejam novas.

Quem pode negociar ADRs

Só pode comprar e vender ADRs os investidores que têm conta no exterior (pessoa física ou jurídica). Atualmente a abertura de conta no exterior está cada dia mais fácil e rápido de realizar, assim como o envio de dinheiro.

Mas fiquei atento! Somente instituições financeiras credenciadas a operar câmbio podem executar esta transação.

Para entender um pouco mais sobre onde encontrar bons investimentos para investir, veja por aqui.

Arbitragem:

O investidor que percebe distorções nos preços dos ativos. Portanto, utilizando a estratégia de arbitragem, busca se beneficiar entre os diferentes ambientes de negociação.

Por exemplo: se o preço das ações de uma empresa (depois de aplicado o fator de conversão para a ADR e depois para dólar) é de US$ 20 no Bovespa e de US$ 21 nos Estados Unidos, há uma oportunidade de comprar aqui , efetuar a conversão e vender lá no mesmo momento, embolsando a diferença. Para isso, é preciso que o papel tenha uma boa liquidez, para que o negócio se concretize no tempo correto, o que é crucial para este tipo de operação. 

Conversão:

As conversões são feitas pelo banco custodiante. Desse modo, o comprador daqui comunica ao banco que deseja efetuar a conversão e vender imediatamente o papel lá. Nos EUA, o Bank of New York é o principal custodiante de ADRs e, no Brasil, o Banco Itaú detém a maior parte das custódias.