Este tipo de atividade, aluguel de ações, pode render uma grana extra para o investidor. Trata-se de uma alternativa para rentabilizar alguns papéis ao invés de deixá-los parados na carteira.
Assim como casas, carros, bicicletas e outros bens estão disponíveis para locação, suas ações também podem se encaixar nesta modalidade.
Portanto é possível alugar ações de alguma pessoa ou até mesmo alugar as suas próprias ações para outros investidores.
Veja com mais detalhes
- O que é aluguel de ações
- Como funciona
- Tipos de aluguel
- Quem faz este tipo de operação
- Como realizar o aluguel
- Quais as vantagens e rentabilidade
- Como resgatar
- De quem são os proventos enquanto a ação está locada
O que é aluguel de ações
Uma modalidade ainda pouco usada que envolve dois lados. (1) O investidor doador, que loca as ações para (2) o investidor tomador, que terá o direito de usar os papéis no mercado.
Quem tem a posse das ações as coloca para alugar, recebendo uma remuneração, e quem as toma temporariamente procura vendê-las no mercado à vista, para depois recomprá-las mais baratas e devolver ao dono original — ou seja, explora o mercado com o objetivo de obter lucro com as oscilações.
A negociação envolve uma taxa e um período acordado entre as duas partes.
Como funciona
Ao “doador” — que oferece as ações para alugar —, a operação costuma ser indicada a quem visa o longo prazo e não pensa em vender seus ativos no momento. Ele recebe uma remuneração pela cessão temporária do papel e ainda continua recebendo juros e dividendos mesmo no período em que a ação está cedida.
“O custo do doador basicamente se resume a uma taxa percentual sobre o montante da operação paga à corretora de valores, responsável por intermediar. Há também a incidência de imposto sobre o rendimento, com alíquotas semelhantes às aplicadas nos fundos de renda fixa”, explica o economista da FGV Diego Wawrzeniak.
O “tomador”, que paga para alugar a ação visa o investimento a curto prazo. Ele pode especular com a ação em sua posse, desde que a devolva ao proprietário na data programada, no mesmo volume. O desafio é vender a ação e torcer para que o valor caia, tirando proveito da queda do mercado. É um mecanismo arriscado: a imprevisibilidade é a mesma da própria bolsa de valores.
Há três tipos de aluguel de ações
• Reversível ao Tomador:
Permite que o tomador encerre o contrato a qualquer momento, tendo de pagar somente a taxa de aluguel proporcional ao tempo;
• Reversível ao Doador:
O tomador tem 4 dias a contar da solicitação para devolver as ações e encerrar a posição vendida;
• Vencimento Fixo:
Com prazo pré-determinado.
A mais tradicional, conforme analistas, é a Reversível ao Tomador, em razão da flexibilidade para quem está de posse das ações fazer caixa no momento que considerar mais adequado.
Esta é uma boa opção para obter ganhos e perspectivas a longo prazo, é uma operação que vem crescendo constantemente, pois tornou-se uma fonte adicional de receita. As taxas de retorno oscilam entre 2% e 5% ao ano, porém, conforme o tamanho da demanda, este retorno pode ser ainda maior. E, também, uma grande vantagem de obter títulos emprestado, sendo um recurso que acrescenta em eficiência e flexibilidade operacional, que visa tirar proveito das oscilações do mercado.
Para entender um pouco mais sobre onde encontrar bons investimentos para investir, veja por aqui.
Quem faz este tipo de operação
Geralmente o investidor que aluga as ações costuma ser aquele fundamentalista, pois acredita na valorização do papel no longo prazo. Ou seja, ao invés de deixa-las paradas com seus preços em volatilidade o detentor destas ações aluga para outro investidor.
O lado oposto também é válido, pois o interessando em alugar as ações de outro investidor, geralmente busca ganhos de curto prazo.
Portanto, este tipo de operação é capaz aproximar investidores de perfis opostos proporcionando a ambos a chance de maiores retornos.
Como realizar o aluguel de ações
Investir nesta modalidade você precisa ter conta em alguma corretora. Assim, se o seu interesse é disponibilizar suas ações para aluguel, ser o “doador”, você precisa informar à corretora qual ação de sua carteira estará disponível para locação, além de estabelecer as condições de negociação.
Por outro lado, se você pretende alugar alguma determinada ação, ser o “tomador”, também é preciso entrar em contato com a corretora e apresentar garantias antes de realizar a transação.
Quais as vantagens e rentabilidade
Para quem disponibiliza as ações, os doadores, a vantagem é gerar ganhos de um investimento que o foco não é vender logo e sim no longo prazo. Portanto, ao invés de deixá-lo parado, aproveita-se deste das vantagem para gerar algum ganho extra sem precisar vender as ações.
Já quem aluga as ações, o tomador, corre mais riscos, mas pode ter ganhos maiores. Utilizando de alternativas para remuneração, como a venda no mercado à vista, uso de liquidação para operações no mercado à vista e cobertura no lançamento de opções de compra. Sendo assim, o tomador pode investir acreditando na queda das ações e ter lucros com isso.
Como resgatar o dinheiro do aluguel de ações
A definição do prazo do aluguel é definida no momento de contratação com as restrições aclaradas na corretora. Uma vez que o prazo do aluguel finaliza, as ações retomam para quem às alugou (o dono das ações) já com o acréscimo da taxa do aluguel. Lembrando que o aluguel pode ser encerrado antes do prazo final.
De quem são os proventos enquanto a ação está locada
O dono da ação, aquele que está colocando o papel a disposição (doador) mantém seus direitos mesmo enquanto a ação está locada. Portanto, seguirá recebendo os dividendos e os juros sobre capital próprio. Assim como as bonificações, com um detalhe de que as ações repassadas só serão apresentadas no vencimento do contrato, já com os valores corrigidos.