Recentemente o dólar atingiu o patamar de R$ 5,38, impulsionado por uma conjunção de fatores econômicos adversos tanto no cenário global quanto doméstico. Ou seja, essa valorização reflete a expectativa de juros elevados nos EUA por um período prolongado e incertezas políticas na Europa, além de preocupações locais sobre a política monetária e fiscal no Brasil.
Diante desse contexto, você pode buscar por estratégias para proteger seus portfólio. Uma abordagem eficaz é investir em empresas com forte exposição ao dólar, que historicamente mostraram correlação positiva com as flutuações cambiais. Bem como, fazendo uso dos BDRs e ETFs disponíveis na Bolsa brasileira que possuem correlação cambial e sintonia com o respectivo ativo.
Portanto, os investimentos mitigam os efeitos de um real enfraquecido e queda da Bolsa local, oferecendo potencial de crescimento em momentos de volatilidade.
Cesta de ações para proteção cambial
Conforme o relatório da XP, a casa compilou uma seleção quantitativa de 8 ações que se destacam pela sua correlação positiva com o dólar e significativa exposição à moeda americana. Essas ações são recomendadas pelos analistas do banco, combinando uma estratégia focada em retornos robustos e proteção contra a desvalorização do real.
Para investidores interessados em se proteger da volatilidade cambial e potencializar seus investimentos, considerar as seguintes ações pode ser uma estratégia inteligente:
- Ambipar (AMBP3): Foco em saneamento, com 42% das receitas em dólar e beta de 1,77x.
- Bemobi (BMOB3): Setor de tecnologia, com 37% das receitas em dólar e baixo beta de 0,10x.
- BRF (BRFS3): Alimentos, 53,9% das receitas em dólar e beta de 1,77x.
- CBA (CBAV3): Mineração e siderurgia, 100% das receitas em dólar e beta de 1,77x.
- Kepler Weber (KEPL3): Bens de capital, 10% das receitas em dólar e baixo beta de 0,04x.
- Marcopolo (POMO4): Bens de capital, 39% das receitas em dólar e beta de 0,11x.
- Petrobras (PETR4): Óleo, gás e petroquímicos, 93,5% das receitas em dólar e beta de 0,49x.
- Vale (VALE3): Mineração e siderurgia, 100% das receitas em dólar e beta de 0,15x.
Outros ativos para se proteger da alta do dólar
Conforme o consenso do Clube Acionista, reforço para que você navegue entre outras oportunidades além das ações locais. Investir em empresas com forte exposição ao dólar pode ser uma estratégia eficaz para enfrentar a valorização da moeda americana. Assim, para uma análise mais detalhada e para explorar essas oportunidades, consulte as carteiras BDRs e as sessões em Recomendações como: BDRs, REITs, ETFs e BDRs de ETFs.
Em sua maioria, os ativos poderão proteger dos riscos locais e estarão correlacionados ao movimento do dólar. Aqui passo algumas sugestões:
ETFs:
- SPYI11: O Buena Vista US High Income ETF é o primeiro fundo de investimento do Brasil que investe nas maiores empresas americanas e negociado como uma ação na bolsa brasileira. Além disso, oferecendo pagamentos de dividendos.
- IVVB11: O fundo investe no mínimo 95% de seu patrimônio em ações do S&P 500 Brazilian Real Index, em qualquer proporção. Além disso, este ETF está entre os mais recomendados do Clube.
BDRs de ETFs:
- BTLT39: O fundo tem como objetivo replicar o ETF iShares 20+ Year Treasury Bond. Ou seja, acompanha o desempenho dos títulos públicos de renda fixa norte americanos.
- BIYF39: O fundo replica o índice Dow Jones U.S. Financials Capped, ou seja, tem como objetivo medir o desempenho das empresas americanas do setor financeiro.
REITs:
- T1OW34: A American Tower Corporation trata-se de um fundo de investimento imobiliário como foco no desenvolvimento, bem como no operacional de infraestruturas de comunicações e transmissões em vários países.
- SIMN34: O Simon Property Group é outro fundo imobiliário que investe em ativos físicos como shoppings centers, outlets e centros comunitários.
BDRs:
- MercadoLibre (MELI34); Disney (DISB34) e outras conforme as carteiras recomendadas e as principais recomendações BDRs.