Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva
Imortal da Academia Mineira de Ciências Contábeis

Na Grécia e Roma antiga surgem alguns dos conceitos tradicionais de contabilidade e economia, aliás boa parte deles, senão os básicos, de modo rudimentar.
Todavia, é claro e evidente, que na economia estável daqueles países já se poderia começar a introduzir conceitos importantes sobre as práticas normais e usuais daquela sociedade, entre os seus cidadãos.
Importantes historiadores como Dalto Antiseri e Giovani Reale tratam da estabilidade econômica da Grécia como um dos passos para se bem destacar os produtos filosóficos que lá existiram, ou seja, para o destaque das escolas de filosofia que lá tivemos, fornecendo a base para todo o conhecimento geral.
Roma para o crescimento do seu poderio militar, usou grande estratagema de controle contábil, não apenas gerenciando os bens bélicos, mas também sabendo administrar juridicamente os domínios que lhe ficavam em suas mãos.
Se a moeda tem origem antiga na Fenícia, podemos dizer que o controle monetário e ainda a política monetária tem mais fundamentos na Grécia antiga.
Em Grécia já passa a existir o cheque, e com isso, as trocas realizadas financeiramente nas mesas em praça pública, nos trapézios, por isso, os contadores bancários eram chamados de trapezistas e os bancos de trapézios.
Não se chamava o dinheiro de moeda, mas o nome é dado devido à deusa romana Juno Moneta, onde no templo se fabricavam as moedas romanas iniciais.
O termo era mais comum em Roma como denarius, o que convencionou o termo “dinheiro”.
Depois devido à devoção ao tempo de Juno Moneta, se determinou normalmente o uso da palavra “moeda” para significar um tipo de mercadoria comum que homogeneizava as demais.
Tanto “moeda” quanto “dinheiro” são os conceitos iniciais dos bens numerários.
O boi era usado como medida de troca na Grécia antiga, e por um tempo, isso é relatado até em importantes obras gregas como a Ilíada de Homero.
Quando o dinheiro tinha a figura retangular, aparecia o símbolo do boi em Roma, do latim “pecus” dando o nome de pecuniário àquilo que era ligado aos disponíveis.
As primeiras moedas eram pois cunhadas em diversos metais, inclusive o ouro, depois, se passou para tipos mais simples e mais baratos, até o modelo atual.
Os conceitos então de dinheiro, bens pecuniários, e moeda começam nestes dois países, que são o berço da cultura ocidental geral, e muitos dos conceitos filosóficos são igualmente vindo de visões contábeis e econômicas, como a palavra “interpretação”.
O termo “interpretação” que parece originar-se de Grécia antiga na verdade é de Roma, ou se solidificou mais neste país, por um motivo muito simples, nas barracas greco-romanas se discutia gritando os preços foram dos limites onde estavam as tendas, neste caso, para fora daquelas pequenas empresas, que se abordavam os preços, por tal fica o termo “inter” – para fora – e “pretiatione” – que é “precificação”-, como de base mercadológica, contábil e econômica, para a filosofia. É uma palavra mais consolidada no mercado romano, embora seja muito usada pelos gregos.
Porém as bases para a principal medida quantitativa, a moeda, e para os bens pecuniários começam nestes dois países, inclusive com destaques para o posicionamento de sociedades, que ficam mais evidentes em Roma, como a sociedade dos coletores, a societate vectigalium, que foi uma primeira empresa jurídica que firmava-se por autoridade romana, e tinha a função de arrecadar para a autoridade pública.

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