As exportações de algodão superaram as 500 mil toneladas no primeiro bimestre deste ano. O resultado é recorde para a cultura. O bom desempenho é impulsionado pelo início da recuperação econômica mundial, principalmente da China. A análise está no documento AgroConab, um novo produto que passa a ser divulgado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a partir desta terça-feira (6).
A quantidade exportada chega a ser 6% superior ao volume embarcado no mesmo período de 2020. Já a receita com as vendas ao exterior nestes dois primeiros meses totalizou US$ 802,76 milhões, aumento de 7%. Se comparado apenas o mês de fevereiro de 2021 com fevereiro de 2020, a elevação no faturamento chega a 40%. A tendência de demanda aquecida no mercado externo deve ser mantida ao longo do ano. “A estimativa é que o mundo importe na safra 2020/21 cerca de 25,5 milhões de toneladas, volume 12,8% superior ao período 2019/20. Com isso, as cotações do algodão seguem altas e, no Brasil, atingem patamares nominais recordes”, ressalta o gerente de Alimentos Básicos e Culturas Perenes da Conab, Bruno Nogueira.
De acordo com a análise divulgada, no mercado interno o panorama ainda é de incerteza. “As cotações devem se manter em patamares elevados e proporcionar boa rentabilidade em 2021 aos produtores. Fica a preocupação de como será o processo de repasse da alta dos custos para o consumidor final de têxteis no mercado interno, principalmente no cenário atual de agravamento da pandemia. Assim, o consumo doméstico de pluma poderá ser menor do que o esperado para o ano de 2021”, reforça o gerente.
Demais produtos – Além da avaliação do mercado da fibra, o novo documento publicado traz um balanço mensal das principais culturas e grãos com informações sobre preços internos e externos, quadro de oferta e demanda e perspectivas de curto e médio prazo para as culturas de arroz, feijão, milho, soja e trigo. O AgroConab fornece, também, informações detalhadas da balança comercial, importante ferramenta para acompanhar o abastecimento do mercado interno.
A análise será publicada mensalmente no site da Companhia. Acesse a íntegra.
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