O mercado de algodão, aquecido em nível nacional e internacional, é o destaque deste mês do boletim AgroConab, divulgado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A publicação traz informações sobre preços internos e externos, quadro de oferta e demanda e perspectivas de curto e médio prazo das principais culturas de grãos e do mercado de carnes.

No mercado internacional, os preços da pluma dispararam durante o mês de outubro, de acordo com o documento. Problemas climáticos nos EUA e na Índia, juntamente com a menor oferta na safra brasileira 2020/2021 e a recuperação da demanda mundial, inclusive da China, contribuíram para um cenário de preços muito elevados na Bolsa de Nova Iorque.

Já os preços domésticos seguem em patamares nominais recordes e, com o dólar e o petróleo ainda mais valorizados, existe a possibilidade de se situarem acima da paridade de exportação em parte do primeiro semestre de 2022, com a rentabilidade que pode ultrapassar a do milho. A área a ser plantada deverá ser ainda maior do que a prevista pela Conab em seu primeiro levantamento (1.510 mil hectares), desde que não haja problemas na janela de plantio.

Oferta e demanda – Em relação ao consumo doméstico, a expectativa é que sejam demandadas 725 mil toneladas em 2021. A recuperação no consumo é viabilizada pela vacinação (que contribui para a mitigação gradual da pandemia), além da reposição de estoques devido à menor aquisição por parte da indústria nacional no ano de 2020. Já no campo das exportações, em razão da menor oferta da safra 2020/2021, a expectativa é que em 2022 sejam exportadas 2,0 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 4,8% em relação ao estimado para 2021.

Acesse aqui as edições do AgroConab, com as análises do algodão e de outros produtos.

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