Um dos grandes problemas do Governo Lula é o contato com o publico em eventos do agronegócio. Em toda grande feira, os líderes do setor, que é abertamente contra o atual governo e suas políticas em relação ao agronegócio, se veêm na situação “constrangedora” de convidar os ministros e representantes oficiais para se fazerem presente. Na Bahia Farm Show, em 2023, Lula se fez presente e, mesmo com a organização tentando blindar o seu contato com o público, ele foi hostilizado pelos expositores que encheram as redes sociais com vídeos chamando o presidente de “ladrão”.Digo constrangedor porque o convite faz parte do ritual, do protocolo. Não tem como não convidar, mesmo não querendo. Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, cooperativa paranaense que o organiza o Show Rural Coopavel, este ano sofreu ataques nas redes sociais depois de oficializar convite para que Lula e seus ministros se fizessem presentes no evento. E feira sofreu também com vídeos hostilizando o tentando denegrir o evento.E agora foi a vez da Agrishow novamente. Depois do fiasco de “desconvidar” o ministro Carlos Fávaro em 2023, em função da presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, a organização da feira tentou inovar este ano. A solução foi criar uma cerimônia fora da data normal da feira para receber somente os representantes do Governo Federal. Uma cerimônia, digamos, “fake”, pois foi somente para convidados e a imprensa.O parque vazio foi o parque de diversões dos representantes do Governo Federal, que caminharam livremente pelas ruas de chão batido da feira. o vice-Presidente da República Geraldo Alckmin, o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Favaro, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura familiar Paulo Teixeira e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, se sentiram os filhos ricos que tiveram a “Disneylândia” fechada um dia somente para eles.Em vez de tentar isolar, remediar e ignorar a sua falta de popularidade com o setor, o Governo Federal deveria mudar sua postura e resolver de vez o problema. Mas a cada dia que passa, não há nenhum sinal que isso vai acontecer. O Plano Safra, antes mesmo de ser lançado, já está sendo criticado pelo agronegócio.No Congresso Nacional, o Governo prioriza pautas que beneficiam e incentivam atos de invasões do Movimento Sem Terra pelo Brasil inteiro. Cada vez mais, o casamento forçado entre o agronegócio e o Governo Federal, dá sinais de piora. O setor é obrigado a “suportar” o atual Governo, pois depende das políticas públicas para financiamento da safra. E o Governo não pode comprar briga oficialmente o setor mais importante da economia brasileira.Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro arrasta multidões pelas feiras agronegócio que participa. No domingo, dia 28/04, mesmo dia da abertura “fake”, Bolsonaro esteve em Ribeirão Preto participando de atos e motociata com seus simpatizantes. Na segunda-feira, 29/04, a presença do ex-presidente é certa no evento. E novamente, dará amostras da sua popularidade com o setor.

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