Ranking de Ações: CNTO3 na lanterna com -4,96% de baixa.
Qual ação estará no topo do Ranking?
A sua será a líder ou ficará na lanterna?
🌎 CENÁRIO EXTERNO
E o vai e vem dos estímulos continua
Mercados
Mercados asiáticos encerraram a semana com desempenhos mistos. Destaque positivo para as bolsas chinesas, que voltaram de feriado catalogando altas relevantes. Na zona do euro, índices de mercado voltaram a amanhecer com viés positivo: o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de risco da região, registra alta de 0,2% até o momento. Em NY, índices futuros vão na mesma direção, com altas da ordem de 0,4%, enquanto o dólar (DXY) volta a registrar fortes desvalorizações contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos também continuam ilustrando a mesma melhora de sentimento verificada nos mercados acionários. Na contramão, o preço do petróleo (Brent crude) cai 0,7%, negociado próximo dos US$ 43,00/barril.
E o vai e vem dos estímulos continua
Ativos de risco amanheceram em tom positivo, com investidores ainda esperançosos com relação a aprovação de uma nova rodada de estímulos fiscais nos EUA. Após ter pedido que seus principais negociadores cessassem as conversas com democratas sobre o assunto na 3ªfeira, Donald Trump voltou atrás ao sugerir medidas de estímulo “fracionadas” ao invés de um pacote de gastos mais amplo na 5ªfeira. No mais novo desenvolvimento em torno do assunto, tendo a ideia rechaçada pelos democratas, com Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos Representantes, reforçando que só avaliaria as medidas se elas fizerem parte de um projeto mais amplo, a Casa Branca parece ter voltado a ficar aberta às negociações por um pacote de estímulos mais robusto.
Retomada das conversas
Steven Mnuchin, Secretário do Tesouro e um dos principais negociadores de Donald Trump, voltou a falar com a presidente democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, sobre a possibilidade de avançar com um pacote de estímulos. Segundo a Bloomberg, Mnuchin havia dito que o presidente estaria disposto a retomar negociações; sem sinalizar apoio ao projeto já aprovado pelos democratas de US$ 2,2 trilhões de dólares. Assim, o mercado volta a namorar a possibilidade de algum progresso nesta frente antes das eleições; só resta saber se desta vez os lados vão conseguir resolver suas diferenças. Vamos acompanhar…
Na agenda
Em dia de agenda esvaziada, o mercado segue digerindo a divulgação do Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços na China. Ao avançar de 54,0 em agosto para 54,7 em setembro, o dado seguiu apontando para uma retomada robusta na maior economia do mundo; configurando o 5º mês consecutivo de expansão para o setor (leituras acima de 50,0 sugerem expansão da atividade).
CENÁRIO BRASIL
Muitas reformas e pouco progresso
“Conversa fiada”
Foi esta a resposta do ministro Paulo Guedes (Economia) ao ser indagado sobre a possibilidade de que o governo estuda fragmentar o Ministério da Economia. Os rumores em torno do desmonte da pasta começaram a circular ontem. Já o presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, declarou em um sua tradicional live da quinta-feira que o governo não tem interesse em recriar ministérios no momento.
Pressão do Centrão
O governo pode ou não ter interesse em aumentar o número de ministérios, mas não existe dúvida que vários partidos que se alinharam ao presidente durante o decorrer de 2020 não só gostariam de comandar um das pastas (Fazenda; Planejamento; Trabalho; e Indústria, Comércio Exterior e Serviços) que atualmente integram o Ministério da Economia, mas exercem pressão para que o governo crie mais postos de liderança na Esplanada dos Ministérios.
Apesar de União entre Guedes e Maia, senador avalia que tributária não será votada em plenário ainda este ano
O senador Roberto Rocha (PSDB-MA), presidente da comissão mista da reforma tributária, admitiu ontem que a proposta não deve estar pronta para ser votada em um dos plenários do Legislativo Federal até 2021. Na semana passada, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma no mesmo colegiado, teve que postergar a apresentação de um relatório que pretendia unir as duas propostas que surgiram do Congresso à contribuição do governo que iniciou o processo de criação de um imposto sobre valor agregado. Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, o governo e as lideranças partidárias estão “próximos de um acordo” apesar de todos os “encontros e desencontros” registrados rumo a este entendimento.
Entre todos os projetos sob construção, Maia quer focar na PEC Emergencial
O presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ) defendeu ontem que a PEC Emergencial seja priorizada ante todas as outras pautas estruturais que estão prestes a serem apresentadas ou já forma enviadas para o Congresso (pacto federativo, administrativa e tributária). Curiosamente, o anúncio foi feito durante o lançamento da frente ampla da reforma administrativa. Além de migrar o foco para outro projeto, o comentário de Maia causa estranheza pelo fato de o presidente da Câmara defender a preeminência de um projeto que terá de tramitar pelo Senado antes de entrar na esfera onde o demista exerce maior influência.
Muitas reformas e pouco progresso
A ambiciosa agenda reformista do governo foi beneficiada por poucos avanços concretos (quase 0) desde que o Congresso migrou o seu foco do combate à pandemia para as reformas estruturais. A concretização da base governista na Câmara dos Deputados e a crescente popularidade do governo; registrada em pesquisas de aprovação, não tem, até então, ajudado o Planalto a contornar os obstáculos que rodeiam as várias reformas. Entre todas as pautas em discussão, enxergamos a reforma administrativa como a proposta que encontra o menor grau de resistência no Congresso.
Na agenda
Como grande protagonista da agenda desta 6ªfeira, o investidor recebe o IPCA de setembro, divulgado às 9h pelo IBGE. O índice de preços deve voltar a acelerar, impulsionado pela pressão verificada nos preços dos alimentos. Assim, acreditamos em uma alta de 0,5% no mês, resultado que levaria a inflação acumulada em 12 meses para 3,0%. Na contramão, o mercado já avaliou o IGP-M do primeiro decêndio de outubro que, ao catalogar uma inflação de 1,97%; registrou forte desaceleração com relação a setembro (4,41% no mesmo período) sugerindo que a pressão derivada de preços de commodities já começa a perder tração. A inflação ao consumidor (IPC), no entanto, ainda seguiu pressionada pelo grupo de alimentos entrando no último trimestre do ano.
E os mercados hoje?
Mercados globais ensaiam encerrar a semana em tom positivo; reflexo de novas sinalizações de que a Casa Branca estaria aberta a retomar as conversas por um pacote mais amplo de estímulos fiscais. No Brasil, as atenções se voltam à união de forças entre Rodrigo Maia e Paulo Guedes, que trabalha para acelerar o trâmite da PEC Emergencial no Congresso. Assim, esperamos mais uma abertura de viés positivo para ativos de risco brasileiros; que deve se beneficiar da mais nova sinalização pelo progresso da agenda fiscalista e do bom humor externo.