O ano passado já mostrou uma recuperação expressiva do setor. As vendas dos shoppings alcançaram R$ 191,8 bilhões em 2022, alta de 20,5% em relação a 2021, quando ficou em R$ 159,2 bilhões.
O desempenho de 2022 ficou bem acima da alta de 13,8% projetada inicialmente pela Abrasce. Segundo o presidente da associação, Glauco Humai, isso aconteceu porque o fluxo de visitantes aos centros de compras se recuperou mais rápido do que o previsto. Além disso, a economia teve desaceleração da inflação e avanço na geração de empregos, criando condições mais favoráveis para o consumo, explicou.
“O ano de 2022 foi bem melhor que o esperado. O público voltou com força. E a inflação mais controlada ajudou bastante também”, afirmou Humai, em apresentação à imprensa. “Para 2023, o clima é de otimismo com cautela”, acrescentou.
O presidente da Abrasce disse esperar que a inflação siga controlada, e que o mercado continue gerando empregos. Ele ponderou, entretanto, que a taxa de juros está alta, o que dificulta a tomada de financiamentos para compras e investimentos.
A previsão de crescimento das vendas neste ano também se baseia na expectativa de continuidade na melhora do fluxo de visitantes e nas inaugurações de shoppings. “Todos esses fatores juntos devem ancorar o crescimento do setor”, projetou Humai.
Inaugurações
Foram inaugurados oito shopping centers em 2022, contra cinco registrados em 2021. Com isso, o número de empreendimentos em operação chegou a 628.
Para este ano, a previsão é de 15 inaugurações, sendo oito na Região Sudeste, três na Região Nordeste, dois na Região Sul, um na Região Norte e um na Região Centro-Oeste.