Como o tom despojado e a linguagem simples levaram o canal 1 Bilhão Educação Financeira a reunir milhares de seguidores.

A formação na área da comunicação tem sua parcela de culpa no resultado final que você vê nos conteúdos publicados por Fabrizio Gueratto, 36 anos, nascido em São Paulo, através dos canais do 1 Bilhão Educação Financeira. As cores fortes, os toques refinados de edição, a linguagem simples e acessível são marcas dos conteúdos compartilhados. E o bom humor inabalado, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, tem atraído um número crescente de seguidores nas múltiplas plataformas em que compartilha seu conteúdo.

Partindo de vídeos no Youtube, que conta com mais de 260 mil inscritos, os comentários, dicas e entrevistas conduzidas por Fabrizio Gueratto chegam ao Spotify, e são levadas a públicos diversos através de redes sociais, como o Facebook e o Instagram. Como define o próprio Fabrizio, o canal leva educação financeira em uma linguagem simples, resumida e disruptiva, para que o investidor aprenda a acumular riquezas, preservar o poder de compra e aumentar a sua rentabilidade com investimentos com alta expectativa de retorno.

Como surgiu a ideia do canal 1 Bilhão Educação Financeira e com que objetivo?

No final de 2018, começamos a rascunhar o projeto do canal. Como já trabalhávamos com comunicação no mercado financeiro há mais de dez anos, foi assim que surgiu. O marco inicial foi abril de 2019, quando começamos a nos dedicar para o canal, acelerar a audiência.  E atribuo a isso a um conteúdo bom, fácil de entender, edição muito bem feita dos vídeos. São temas que as pessoas estão buscando, os convidados são de excelência no mercado financeiro.

Qual o caminho para o brasileiro alcançar a independência financeira? Só investir basta?

Além de guardar dinheiro e eliminar as dívidas, você precisa investir bem, isso é, diversificar da forma correta e não ficar brincando de cassino na bolsa de valores. Provavelmente a maioria das pessoas não vai enriquecer só investindo, vai ter que aumentar o quanto ganha. Para isso, ou é trocando de emprego ou existe uma probabilidade maior de ter ganhos maiores empreendendo.

Você tem ídolos ou pessoas que lhe inspiram na construção do seu trabalho?

Não tem ídolo. Nem na vida, nem nos investimentos. Mas é claro que o Warren Buffet é uma referência, não só pelo seu modo de investir, mas pelo lado social. Ele é um homem que enxergou a vida muito além do dinheiro. Então, ele acaba sendo uma referência.  Mas temos que entender que pessoas como ele são únicos. E nem tudo o que ele faz serve para nós. O acesso a informações que o Buffet tem é totalmente diferente do que um investidor comum.

Qual é o diferencial ao qual você atribui seu sucesso nas redes sociais?

A forma simples com que falo de investimentos. Todo mundo entende, sempre falo que se minha mãe entende todo mundo entende. E sempre prezamos pela excelência. Independentemente do número de inscritos no canal, quando começamos, sempre optamos por ter uma excelente produção, uma edição de vídeo de primeira linha. Então, nossa visão é não importa o que você faça, faça com excelência.

A identidade visual dos vídeos também foi pensada para fisgar a audiência?

Sempre pensei naquilo que eu gostava de ver. Eu gosto de ver uma imagem bonita. Uma edição com dinâmica. Um conteúdo em um paraíso do que em um lugar fechado sem vida. Então, a edição dos vídeos sempre foi pensada no que as pessoas gostam de ver.

O que é independência financeira para você e como alcançou a sua?

É poder fazer escolhas. Ter dinheiro suficiente para fazer as coisas que você realmente quer, comprar as coisas que você quer. Eu conquistei meu primeiro milhão antes dos meus 30 anos guardando sempre o primeiro dinheiro que entrava. E, mais do que isso, nunca subindo o meu padrão de vida da forma como meus ganhos aumentavam. E cada vez mais conseguia guardar mais dinheiro.

Que mudanças mais chamara a atenção de vocês neste novo momento que está sendo chamado de “novo normal”?

Em primeiro lugar, este momento exigiu que montássemos uma estrutura de trabalho em casa. Eu montei um estúdio. Nós adaptamos o trabalho de toda a equipe home office. E também passamos a fazer conteúdo pensando olhando para este novo momento das pessoas.

A pandemia e o isolamento social favorece o acesso a conteúdos de educação financeira?

Na pandemia, o pessoal ficou mais em casa, claramente aumentou a audiência. E tem uma questão que as pessoas passaram a buscar mais sobre investimentos por causa da dor, não por causa do amor. Muitas pessoas estão perdendo o emprego, ficando em dificuldade financeira, muita empresa quebrando. Então, agora as pessoas despertaram para questões como a necessidade de ter reserva de emergência, investimentos. Enfim, precisa ter tudo o que um ser humano deveria ter tido. A pandemia acelera a mudança. E estamos fazendo conteúdo pensando nisso. E postando diariamente. Antes, postávamos entre 3 e 4 conteúdos novos por semana. Outra novidade, é que passamos a fazer a “Jornada Bilionária”, a fim de mexer o mindset das pessoas. Começou no dia 6 de julho, totalmente gratuita.

Você tem alguma dica exclusiva para o leitor do Acionista.com.br? 

A melhor dica de ouro é que a gente pode ter é ser inconformado com a situação em que a situação em que está hoje, seja no emprego, seja na situação de endividamento – não no sentido de viver infeliz, mas no sentido que a gente pode e deve produzir mais.

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