O que não é novidade lá fora, por aqui é uma realidade que ainda precisa tomar forma. O desconhecido em seu primeiro momento é sempre confuso: Juros negativos? Então, é o fim da renda fixa? Calma, aqui tentaremos resolver essa confusão e mostrar um viés de oportunidade para o momento.
Hoje a taxa de juros está no menor nível histórico, o Banco Central recentemente reduziu os juros básico do país para 4,5% ao ano. Alinhado a isso, estamos com uma inflação ainda abaixo da meta, considerada baixa por muitos analistas. Neste contexto, como investir de maneira segura quando a referência de rentabilidade está no zero ou até no negativo?
Entendemos que nosso atual cenário deve persistir por um longo período, onde aqueles que gostavam de aplicar em renda fixa unicamente, hoje já precisam pensar em modelos de diversificação para melhorar suas rentabilidades.
Entenda por que este alerta, com uma explicação de cálculos básicos:
Com Selic a 4,5% e uma aplicação que rende 100% do CDI em aplicações pós-fixadas e considerando um IR (Imposto de Renda) de 20% sobre a renda fixa, o investidor teria um total líquido de 3,6% em um ano. Dada a inflação projetada em torno dos 3,5%, finalmente chegamos aos patamares de rentabilidade próximos do zero, ou seja, 0,1%. E pode ser, em alguns casos negativa, considerando alguns Fundos que ainda cobram taxas.
O objetivo aqui é mostrar que para obter rendimentos interessantes, como os que se tinha pouco tempo atrás é preciso ir em busca de algo diferente. Mas sem abandonar as reservas de emergências, as aplicações de segurança que cumprem uma importante função: proteger você contra os contratempos.
A verdade aqui é simples, investir é uma decisão de fazer o seu dinheiro manter sua capacidade de compra ao longo do tempo. Por onde? Pouco importa!Se é em Bolsa, CDB, Fundos ou qualquer outra coisa que andam oferecendo por aí. Desde que seja em um lugar que faça ele evoluir em sua devida segurança na mesma sintonia que o tempo o desvaloriza. Isto é, você precisa rentabilizá-lo igual ou melhor que a inflação.
Economistas, intelectuais e alguns gurus acreditam saber qual a taxa de inflação ideal para o consumidor, assim como, qual o patamar correto para os juros. Passamos pelo cenário de alta nos juros com Selic em 14,25% ao ano em 2016 e agora estamos no inédito 4,5% ao ano, observando investimentos se depararem na maravilha dos juros negativos. Muitos defendem o momento não só com otimismo, mas visando-o como necessário.
Poupadores terão de pagar por benefícios antes de rentabilizar seu dinheiro. A era de colocar o dinheiro em um rendimento fixo e esquecê-lo por longa data acabou, agora é preciso investir em conhecimento, empreender, se arriscar, buscar por boas plataformas, assinar conteúdos, pagar por uma consultoria, assessoria, planejador ou qualquer forma que contribua para o investimento correto e adequado.
Então neste viés econômico o consumo crescerá, empresas demandarão de mais empregos, pessoas aumentarão suas rendas, lucros subirão e todos ficarão ricos.
Não precisa ser muito inteligente para saber que esta realidade não é tão bonita assim…
A desigualdade existe, os desafios políticos permanecem, interesses pessoais continuam e todo ciclo social de altos e baixos devem seguir. Portanto a realidade de hoje não é para sempre e o permanente serão as decisões tomadas diante da oportunidade do momento.
O custo de carregar o dinheiro demandará de sabedoria para colocá-lo no lugar correto, para que se confirme em renda.
No final de tudo isso, a taxa pouco importa, nem os juros negativos. O importante é entender que sempre teremos o fluxo do dinheiro. Onde ontem se ganhava com determinados investimentos, hoje se ganha através de outros. Se estamos em constante evolução, demandamos da capacidade de adaptação e isso inclui na forma de lidar com o dinheiro.
A hora de mudar não é só para os conservadores. É hora de buscar por produtos melhores, entender sobre diversificação e ir atrás do mais simples: rentabilizar o dinheiro com investimentos que garantem sua capacidade de compra dentro do atual cenário. E saber que qualquer rendimento muito superior à inflação ou algum outro indicador, haverá riscos e você precisa estar ciente deles.