São Paulo, 4 de fevereiro de 2020 (TERÇA-FEIRA).
Mercados e Economia:
Hoje (1) a BOVESPA deve voltar a subir, para recuperar o patamar dos 115.000pts, seguindo a melhora do “humor” nas principais bolsas mundiais e beneficiada pelas “apostas” de redução da taxa básica de juros na reunião do Copom deste semana e (2) o DÓLAR pode cair, influenciado pela trajetória internacional da moeda norte-americana e pelas expectativas de aumento do fluxo positivo de recursos externos por conta da oferta pública das ações da Petrobrás que o BNDES tem.
Ontem, no BRASIL, (1) a BOVESPA subiu 0,8%, acompanhando o movimento ascendente das principais bolsas mundiais, impulsionada pelos sinais positivos da economia tupiniquim e aliviada pela redução dos temores globais com o coronavírus e (2) o DÓLAR caiu -0,8% à R$ 4,24, em um “ajuste técnico” após avançar 6,8% em JAN/20 e fechar a sexta-feira passada no maior patamar da história, seguindo a melhora do “humor” na bolsa brasileira e influenciado pelos leilões de venda do BC.
Também ontem, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão -1,0%, pressionada por ações dos setores de construção e de eletrônicos e China -7,7%, ajustando-se as perdas das demais bolsas mundiais durante o feriado de ano novo lunar, (2) da EUROPA, Inglaterra 0,5%, França 0,5% e Alemanha 0,5%, iniciando um movimento de recuperação de perdas recentes, embaladas pela divulgação de dados positivos das economias da região, como o índice de gerentes de compras do Reino Unido que atingiu o maior nível em 9 meses e o PMI alemão que atingiu o maior patamar em 11 meses e (3) dos EUA, também recuperando perdas recentes, S&P 0,7%, DJ 0,5% e NASDAQ 1,3%, impulsionadas pela divulgação de bons resultados corporativos e pela quase certeza de que a “palhaçada democrata” de tentar fazer um impeachment do presidente Trump acabará esta semana.
Dando novos argumentos para o Copom cortar a taxa básica de juros na sua reunião desta semana, o “mercado”, também influenciado pela crise do coronavírus, (1) reduziu, pela 5ª semana seguida, suas “apostas” para a inflação medida pelo IPCA em 2020, desta vez de 3,47% para 3,40% e (2) diminuiu, de 2,31% para 2,30%, suas projeções para o crescimento da economia tupiniquim neste ano.
Fruto da queda da taxa de juros, que se encontra no menor patamar da história (4,5%) e deve cair ainda mais, em 2019 a participação do capital nacional na bolsa tupiniquim ficou em 52%, ultrapassando pela primeira vez desde 2014 os estrangeiros, que representaram 48% dos negócios.
Dando mais um sinal de controle da inflação, em JAN/20 o IPC de SP ficou em 0,29%, patamar abaixo do registrado em DEZ/19 (0,94%) e também aquém do auferido na terceira quadrissemana do mês passado (0,32%).
Após ressaltar que “a letalidade do coronavírus é de apenas 2% dos infectados”, Ettore Marchetti, gestor da Trafalgar Investimentos, alertou que a oferta pública de ações esta semana da Petrobras, de papéis da carteira do BNDES, será um teste importante para auferir o interesse dos estrangeiros no país.
Apresentando o primeiro resultado negativo para o mês desde FEV/15, em JAN/20 a balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ -1,7bi, influenciada pelo aumento de 4,5% nas importações, que segundo o governo Bolsonaro ocorre por conta da recuperação da economia.
– A GlaxoSmithKline subiu 0,9% na bolsa de Londres, após o grupo farmacêutico britânico anunciar ontem uma parceria para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus.
– A Tesla disparou 19,9% na bolsa de NY, com analistas aumentando suas “apostas” na fabricante de carros elétricos após ela informar recorde de entregas no quarto trimestre de 2019 e que planeja entregar mais carros em todo o mundo em 2020.
– A Alphabet subiu 3,5% na bolsa de NY, antes do resultado de seu balanço corporativo, que foi divulgado após o fechamento do mercado e surpreendeu positivamente.
Política:
Na mensagem que enviou ontem ao Congresso, Bolsonaro, indicando ainda uma agenda reformista, especialmente na área econômica, listou 8 matérias que são prioritárias para o Executivo em 2020 (1) Reforma tributária, (2) MP do Contribuinte Legal, (3) Programa Verde-Amarelo, (4) independência do BC, (5) privatização da Eletrobras, (6) Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal, (7) Novo Marco Legal do Saneamento e (6) Plano Mais Brasil.
Provando que o presidente Bolsonaro, ao menos no Congresso Nacional, é refém dos partidos mais fisiologistas do país, Onyx Lorenzoni, do DEM, e Osmar Terra, do MDB, representaram ontem o governo na cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos.
Considerado, principalmente pelos liberais, um “pirata privado”, por estar sempre a postos para usufruir das maravilhas do “paraíso de burocratas”, Paulo Skaf, presidente da Fiesp que já recebeu dinheiro sujo da Odebrecht, recebeu ontem elogios e afagos do presidente Bolsonaro.
Sem nenhuma vergonha em suas caras de pau, e com boas chances de lograrem êxito, a bancada evangélica no Congresso quer incluir na PEC da reforma tributária a imunidade total de impostos para igrejas.
Crítica:
À serviço da organização criminosa petista e com o apoio da nefasta imprensa socialista tupiniquim, os petroleiros esperam novas adesões à greve, que começou de forma bastante fracassada no sábado passado.
PAZ, amor e bons negócios;
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