Por: Tayllis Zatti

A inteligência emocional é o terreno fertil das soft skills. E é com essa frase que eu inicio a coluna de hoje!

Quem trabalha na iniciativa privada sabe o quão comum é receber feedbacks dos seus gestores. Mais que isso. Grande parte desses feedbacks são em relação ao nosso comportamento, tanto individual, como social. Assim, grande parte dos profissionais já ouviu frases como “você precisa ser mais colaborativo”, “é preciso evoluir na comunicação em grupo”, entre outras.

Isso também aconteceu comigo há alguns anos. Minha gestora pediu para que eu fosse mais comunicativa com outras equipes, e aperfeiçoasse o chamado “gerenciamento de conflitos”, afinal, eu precisava estar em constante contato com áreas mais “techs” da empresa.

O fato é que não existe nenhuma receita mágica para melhorar esses aspectos. Como saber que eu evolui? Como entender minha melhora? São questões subjetivas que podem depender de diferentes percepções, ao contrário de um pedido para, por exemplo, aumentar em 5% os seguidores da página do instagram. Isso claramente é algo palpável, uma meta concreta. 

O papo parece muito distante do mundo financeiro? Calma aí! 

Voltando alguns passos, deixa eu te explicar a definição de “Soft Skills”: essas são habilidades que se referem ao comportamento humano. Um dos melhores exemplos talvez seja a inteligência emocional, que nada mais é do que a capacidade de lidar bem com as próprias emoções. 

Muitos investidores desistem do mercado porque não conseguem obter consistência e equilíbrio nos seus aportes. Uma das maiores causas para isso acontecer é a dificuldade que as pessoas possuem em lidar com as próprias emoções.

Faz parte da capacidade humana se adaptar em novos ambientes, sob novas circunstâncias, mas o mercado financeiro é um ambiente bem particular.

As percepções que você têm dele e suas ações e medidas, dependem exclusivamente de você. O que acontece, grande parte das vezes, é que todo ser humano têm certa dificuldade em assumir total responsabilidade pelos acontecimentos; depositando a culpa no próprio mercado.

Falando nisso, adoro aquele papo de que mercado não tem sentimento, não tem um político de estimação, não tem lado. E é exatamente isso! 

Ainda digo que não basta ler aquele livro de análise fundamentalista inteiro, ver as lives daquele gestor que fala sobre análise técnica, conhecer diversas estratégias do mercado, se você não construir um alicerce psicológico para aguentar a pressão do dia a dia, a flutuação – inevitável – do mercado, e todos seus exageros referentes aos noticiários político e econômico.

Lembra da primeira frase do texto? “A inteligência emocional é o terreno fertil das soft skills.” Como sair em busca desse detalhe que pode fazer a diferença na sua rentabilidade?

Arrisco em dizer que aqui vale uma autocrítica, levantando quais são as habilidades comportamentais que você acha que precisa melhorar. Trazendo para a linguagem do mercado: “vou em busca de melhores retornos ou sou acomodado?” “consigo pensar friamente quando o mercado entra em bear market?”, e por aí vai!

Claro que desenvolver metodologias claras para se desenvolver nesse campo, principalmente no papel de investidor, é fundamental e leva tempo; por essa razão quero te convidar para acessar nossa trilha comportamental aqui, onde toda semana é alimentada com conteúdos ricos que te auxiliam na busca do aperfeiçoamento das habilidades pessoais como investidor.

Ah, e às vezes o mercado só exagera mesmo na reação, como arrisco em dizer que foi o caso da última sexta-feira. Mantenha a calma e relembre o porquê você possui os investimentos que escolheu. 

Até quarta-feira!

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte