A tensão até o momento está presente via “guerra” de tecnologias, mas pode se espalhar para outras áreas do mercado de ações global. Essa disputa cresce constantemente desde 2019, quando foi assinado a primeira fase do acordo comercial entre os dois países.
Guerra de tecnologias
Alguns dos fatores dessa tensão são as preocupações com a segurança nacional, o ano de eleições e os esforços dos EUA de “nivelar o campo do jogo”. JP Morgan acredita que nem com o novo governo esses fatores desaparecerão.
As escolhas que cada lado tomar hoje vão afetar empresas individuais, setores e até economias regionais. A perspectiva dos EUA é de proteger o capital intelectual e privacidade de dados para conseguir manter sua liderança tecnológica.
A China acredita que ter partes tão grandes de sua economia dominada pelos EUA é um tópico que não pode ser ignorado. Destaque para a presença dos microchips em diversos setores. Neste sentindo, acredita-se que a administração de Joe Biden provavelmente realizará mais negociações com tom mais tradicional.
Os dois países estão focando agora em realocar as suas redes de fornecimento para parceiros menos voláteis e criar uma rede de produção nacional. As prioridades podem criar oportunidades para os investidores, já que essa “guerra”, cada vez mais, impulsiona o setor da tecnologia.
Para JP Morgan, pode ser essencial para os investidores identificar os vencedores e perdedores com base em uma região, país e base da companhia.
No entanto, o período de conflite desencadeia pontos de inflamação geopolítica, os choques, podendo causar a aversão ao risco dos investidores e turbulência no mercado de curto prazo, aliados a outros conflitos que vão além da guerra comercial entre China e EUA.
Alguns fatores que estão contribuindo para isso são: as tensões não econômicas entre China e EUA, ligadas às áreas militares; o Oriente Médio, onde o conflito normalmente acaba afetando o mercado e a economia por meio dos preços do petróleo; a estabilidade da Zona Euro, União Europeia e o Reino Unido, risco de separação por meio da Itália e a manifestação da Escócia de sair do Reino Unido.
As análises da JP Morgan mostram que os impactos geopolíticos no mercado normalmente resolvem-se rapidamente. Também é fundamental avaliar a ligação entre qualquer conflito potencial e os mercados financeiros e economia. A melhor maneira de lidar com os riscos é um plano baseado em metas para os seus investimentos.
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