Prof. Rodrigo Antonio Chaves da Silva

Contador e Administrador, da escola neopatrimonialista, imortal da Academia de Ciências Contábeis

O conceito simples de socialismo é o de “socialização dos bens e meios de produção”; de algum modo destruindo a propriedade privada. Como? Por absorção dos tributos de modo geral dentro da legalidade, ou à força, de modo revolucionário. A finalidade é tentar fazer uma “igualdade social”. Esta própria definição destrói a sua intenção na aplicação do processo de fazer o socialismo. Os efeitos são nefastos. Basta perguntar: De que forma? Mas aqui iremos mostrar um dos erros (embora seja impossível não comentar um por discurso, sem falar dos demais, porém, vamos tentar). 

Existe intrinsecamente uma falha consequente nesta tese, uma que iremos explorar. A forma senão das principais. Nem entraremos nas teorias do socialismo utópico, com Owen, Saint-Simon, Proudon e outros. Vou explicar o porquê o socialismo não consegue chegar perto da igualdade social.

Quando temos propriedades privadas, e temos consequentemente poderes diversos em relação à riqueza, estes poderes não foram conseguidos pelo roubo ou pela má intenção. Eles são partes de uma conjuntura social, meio assimétrica, todavia, que faz parte do equilíbrio da sociedade. Sobretudo, são poderes socialmente produzidos, alguns por esforço próprio, outros por doação, outros por cultura, outros por religião, outros por mercado, outros por força pública, etc. Mas são “poderes financeiros”, são poderes “sociais e econômicos”, são poderes “culturais”. Esses pulverizam-se no poder aziendal geral. Formando uma economia, uma sociedade, uma dimensão ambiental.

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Há dentro de uma economia inúmeras propriedades privadas. E inúmeras propriedades sociais e públicas.

Os níveis de riqueza existem, até a pobreza que para nós deveria ser expurgada. Para destruir a pobreza deve-se dar a riqueza. Oportunidade para todos, embora seja outra questão a ser tratada. 

No entanto, no momento em que temos o poder empresarial, ou a propriedade privada, temos a propriedade social com as igrejas e associações, temos as inúmeras aziendas, para eu extrair esta riqueza com a desculpa ou o fim de socialização, deveria ter um PODER MAIOR que todos os poderes constituídos.  

Este poder estaria até acima do Estado, e da Igreja. Acima do mercado. Acima de toda a SOCIEDADE. Este poder estaria até DOMINANDO O ESTADO. Geralmente um PARTIDO.

Assim, por dedução lógica, para eu “destruir a propriedade privada”, ou simetrizar as diferenças, fazer a suposta “igualdade social”, tenho que ter poder maior que os dos empresários, da cultura, da Igreja, das associações, no Estado, absorvendo toda a riqueza, com isso haveria uma CONCENTRAÇÃO DE PODER num grupo, ou numa parcela ínfima, a mesma que CONTROLA O ESTADO.

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Se o mandatário para realizar a promessa de socialização está no ESTADO, então, O ESTADO ficaria um SUPERPODER, CONCENTRADO, EXCESSIVO, ABSOLUTO, que mandaria em todas as propriedades, estaria com todas as propriedades, e ainda, como é amoral o PROCESSO, teria que dominar a lei, criando um tipo de DITADURA, de modo que a PERVERSIDADE fosse a base da MORAL, que por sua vez é uma AMORALIDADE embasada no ROUBO, E NA CONCENTRAÇÃO DE PODER ECONÔMICO.

Um setor da sociedade dominaria tudo a e todos, inclusive, quebrando a regra moral. Na prática histórica estes grupos eram PARTIDOS. Ou seja, o partido assumiria o poder da riqueza, para si, subtraindo para o próprio grupo, o poder empresarial, e os demais poderes nivelados. 

Então, dando mais força para um grupo, a concentração de renda aumenta, ficando toda investida apenas NUMA PARCELA MÍNIMA DA SOCIEDADE. 

E para tal esta concentração, é fundamental uma REGRA DEPÓSTICA, isto é, uma DITADURA EM PROCESSO.

O efeito seria a geração de mais riqueza nas mãos de poucos. 

O MEIO, o PROCESSO PARA TAL, É A CONCENTRAÇÃO DE PODER ECONÔMICO E SOCIAL.

Como teremos uma igualdade de renda com concentração de renda unificada? Não existe isso. Por dedução o poder empresarial, econômico, social, e até público, iria para a mão de alguém, e geralmente é uma pessoa, ou um grupo. Um PARTIDO. Ou seja, fica mais concentrado, e um poder fica com mais poder. 

Em suma, no socialismo, a própria prática de socialização de modo mecânico, é feita com concentração de renda. Esta é apoiada no roubo e na extorsão. Com isso, o poder se concentra. 

O rico fica sem nada. Ou sua propriedade é do ESTADO.

O pobre continua sem nada, porque o ESTADO não lhe distribuirá, mas lhe dominará.

O ESTADO, sob a pecha de um PARTIDO, terá o CONTROLE DE TUDO.

Portanto, não se chegará na UNIDADE DE JUSTIÇA SOCIAL, com um poder que tem o CONTROLE DE TUDO.

Isso por dedução lógica é fácil de se perceber, como disse, para se assumir um poder maior que o das aziendas, é necessário criar um grupo que o domine. Eles acabam SENDO OS NOVOS RICOS, pois assumem para si toda a riqueza. 

Portanto, por dedução lógica na finalidade de fazer a distribuição ou a igualdade social, o partido, ou o dono do poder do Estado (pois tem que ser o Estado), concentra para si todo o poder empresarial, associativo, social, e público, criando um SUPERPODER, CONCENTRADO, ABSOLUTISTA, não fazendo a igualdade social, porque como ela se concretizará se há CONCENTRAÇÃO DESIGUAL POR PARTE DE UM SÓ PODER?

Logo é falso o sistema socialista na sua aplicação, visto que, a finalidade que prega, no processo de sua concretização, cria injustiça social e desigualdade naturalmente. Quem manda num sistema socialista é um poder só, o partido, no Estado, que domina de modo ditatorial todos os outros, concentrando para si o poder econômico, seja mesmo de entidades eclesiásticas, seja das sociais, seja das propriedades privadas. Não se engane. Basta seguir o mesmo raciocínio.

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