Diante da mudança estrutural do mercado nacional, as empresas governamentais passaram a buscar a redução de seus déficits através de cortes nos custos da empresa e também do seu quadro de pessoal. Assim como as grandes corporações privadas, também começaram a produzir mais com menos empregados.

As demissões em massa e a falta de vagas de empregos para recolocação desses funcionários no mercador gerou um fenômeno no Brasil: a proliferação de empreendedores, que disseminaram micro e pequenas empresas, tornando-se desta forma, um importante meio de geração de empregos e renda na conturbada economia nacional.

Uma grande característica das empresas de pequeno e médio porte se define basicamente, no aspecto regionalizado em que ela se insere. Isto porque, sua sobrevivência normalmente se estabelece diante da dependência da comunidade local.

Ou seja, a localidade é responsável pelo ambiente favorável ou desfavorável do sucesso dessas empresas, posto que as mesmas só se desenvolverão mediante incentivos de financiamentos, articulações das instituições relevantes de forma favorável à dinâmica empreendedora, à rede de negócios e demais meios de alavancagem.

Quando se analisa o desenvolvimento local, observa-se que o contexto não é mecânico e sim, orgânico, ou seja, toda a estrutura regional é personalizada, com características próprias e particulares. Configura-se desta forma, um sistema aberto com interação dinâmica entre empresa e meio ambiente direto.

Partindo desta premissa, atenta-se para o fato de que o processo de desenvolvimento local é endógeno, ou seja, depende da dinâmica empreendida pela comunidade, baseada nesta dinâmica se estabelecem os fatores de valorização dos recursos financeiros e materiais locais, bem como a agregação de valores advinda da aglutinação dos atores locais em função da dinamização da região.

O desenvolvimento local exige uma nova base de informações, que permita uma análise mais apurada da economia e da realidade social local, bem como novos indicadores locais de desenvolvimento, que incorporem índices capazes de aferir os níveis de qualidade de vida e de sustentabilidade alcançados nos diversos momentos do processo.

O fortalecimento das micros, pequenas e médias empresas, só se consolidará, a partir do momento que os empreendedores entenderem que estas empresas tem que ser criadas com foco no mercado e com uma clientela bem delineada, que fortifiquem seu processo gerencial e possa gerar novos empregos e riquezas para a comunidade onde estão inseridas.

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