O índice Gini é uma medida científica que avalia a concentração de renda. Foi criado pelo italiano Corrado Gini e é fácil de se explicar, perto do 0 mais igualdade e próximo do 1 ou 100% mais desigualdade. 

Destarte, o índice Gini dos EUA era de 39,7 em 2020. O da China 38,2 em 2019.

Antes, num período, o índice da China foi de 48%. O dos EUA foi de 45%.

O Banco Mundial disse que a China em 1980 tinha um índice de 0,3, isto é, de 30% sendo mais igual à sua renda, até que outros países mais ricos. 

Porém, há um problema de observação do índice. Porque uma coisa é se ter igualdade na pobreza e outra coisa é ter igualdade na riqueza livre.

Portanto, o índice Gini tem que ser muito bem interpretado.

Veja que a diferença entre os dois países é mínima. Mas a China adota o capitalismo de Estado. Aí alguns que acusam o sistema capitalista – que é efeito do social – dizem que ele ficou assim por causa da imitação do sistema de produção -, embora com muito mais agressividade sendo super-capitalista, contra toda a doutrina socialista que a inspirou. 

Com todo o respeito isso não é possível e nem lógico.

Se o sistema de produção fosse causa da concentração, o EUA tinha que ser o país mais desigual do mundo. E outros países também. Inclusive a China.

O país mais igual do mundo, ou um dos mais iguais que é a Noruega, não há a concentração partidária que existe na China. 

Ou seja, dizer que o capitalismo tinha provado que os países que o adotam têm índices piores não aconteceu.  

Por que então há uma diferença mínima no índice? E por que mesmo com diferença pequena o da China é pior?

Por um motivo simples, nos Estados Unidos por mais que existam super-ricos como muitos outros países, há liberdade de busca de riquezas, livre comércio, e na China não existe totalmente esta liberdade pelo regime político. O Estado é concentrado. O Estado é centralista. Ele é inchado. Ele é o maior sócio da economia e não apenas um organizador. Não existe total liberdade de comércio na China, tudo se concentra no partido. A concentração de renda no partido não permite uma distribuição adequada de renda. O que há é um capitalismo de Estado, que não deixa de ser também capitalismo, todavia, que opera regulando em metade do movimento do livre comércio.

E os países mais desiguais do mundo além do Brasil (social democracia), são aqueles africanos os que passaram por ditadura e são recentes suas repúblicas. 

Isto é, a forma do regime e o modus operandi que consegue produzir a igualdade ou não. Mesmo países com pouca igualdade, não há miséria e os índices de qualidade crescem. 

Na tese falsa que fosse o sistema de produção, os tigres asiáticos tinham que ser desiguais em grau maior e não o são. Tinham que ser por consequência outros países, e inclusive, tinha que ter exemplos mais concretos o que não se comprova numa Suécia, França, Alemanha, etc., que possuem o mesmo sistema de produção. 

Mas mesmo assim não acreditamos na estatística do Banco mundial. Por um motivo simples também.  A concentração da China tem que ser muito maior porque TODA A RIQUEZA ESTÁ NO CONTROLE DO PARTIDO.

Ora, o partido quem distribui e controla tudo. Não há propriedade totalmente privada. 

Se a China cresce é por causa do cooperativismo que não é necessariamente socialista, mas uma alternativa ao sistema tradicional do capitalismo. Países capitalistas tem relação mínima de 20% do PIB na atividade cooperativista, e em alguns setores cerca de 95%. O cooperativismo multiplica o dinheiro naturalmente. Mas as cooperativas na China são de posse do governo, não há propriedade privada. 

Sem contar que na média os EUA são mais iguais porque há liberdade de trabalho, de comércio, e crescimento livre. 

Nenhum poder pode usurpar a economia livre sem prejuízo da sociedade. Os países que o fizeram são os piores do mundo. 

Só comparando as duas potências dá para se perceber a diferença. Isto é, a China passa aos EUA em desigualdade por conta do sistema político. 

Por quê? Simples. A concentração está nas mãos do Estado. Por isso existe realmente o sentido de concentração de renda. O Estado fica inchado, e não consegue distribuir renda, mas controla demais a renda. Não existe liberdade para crescimento. Embora elas consigam um mínimo de vantagem nas na pobreza, e no controle da riqueza, e não num sistema livre.  

O mesmo erro acontece em Cuba que é um dos países mais pobres da América com uma renda de salário de 65,00 reais. 

A Venezuela está chegando no mesmo nível, já é o país mais violento do mundo, agora sua economia está entre as piores. 

O Brasil também tem concentração de renda quase igual à da China, um pouco menor, porque ainda há uma escravidão do sistema empresarial no sistema tributário.

O nosso Estado é inchado, e o sistema judiciário é muito burocrático, quando o trabalhador empresário é tratado como um delinquente, não temos oportunidade de evolução dos empregos. 

Por mais que os Estados Unidos seja um país rico, um pobre lá tem 20 vezes mais renda que um pobre no Brasil, só ganhando um pouco para o nosso país em geografia.

Em suma, destruir o livre comércio não melhora a igualdade, mas sim a oportunidade para todos, fazendo crescimento ser livre e não fechado ou controlado em demasia. 

Se você tem dúvidas vejam as estatísticas que vocês comprovarão o que dizemos.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte