Em um contexto pós pandemia, onde muitas organizações adotaram o trabalho remoto como formato oficial, ferramentas de comunicação escrita como e-mail, Whatsapp, Slack e afins, passaram a ser elementos ainda mais importantes para troca de informações entre os colaboradores.
Com essa questão da escrita, além de siglas informais, o excesso de mensagens, o cansaço mental da obrigação de responder a todos, existe também o desafio de entender as emoções por trás de cada palavra escrita. Lembremos que a comunicação é um processo de transmissão de conteúdos emocionais ou intelectuais que envolve um fluxo de mão dupla, para o bem e para o mal. Quantas vezes ficamos com raiva ou imbuídos do espírito colaborativo apenas ao ler a mensagem recebida?
Para dirimir esse desencontro de valores, algumas empresas têm investido em programas de comunicação não violenta, que nada mais são do que a prática de empatia aplicada como estratégia na comunicação verbal, especialmente a escrita, e não verbal.
Espera-se que, um indivíduo empático compreenda as razões por trás das atitudes, próprias e do outro, procurando se expressar com clareza e de forma respeitosa, assumindo a premissa de que a mensagem foi escrita utilizando de boa-fé. Ou seja, para essa articulação escrita, vale a calma de começar o assunto com um bom dia, recorrer aos emojis para amenizar palavras que parecem ser duras, respeitar os horários de expediente e agradecer, por exemplo.
São práticas aparentemente fáceis e óbvias, mas que na pressa do dia a dia, são esquecidas e, adotar esta postura, inclusive, colabora para a saúde mental dos colaboradores, fortalece os vínculos entre as equipes além de enaltecer a cultura baseada na parceria e trabalho em equipe.
Portanto, ao escrever, pare e pense no impacto que irá causar no seu dia e no do próximo, o quão hostil ou ameno gostaria de deixar o ambiente de sua organização e principalmente, sua própria rotina de trabalho.
Emanuela Araujo – diretora de Finanças da healthtech Sami, tem 40 anos e é mamãe da Ana Luiza. Possui MBA em Finanças: Controladoria, Auditoria e Compliance pela FGV. Graduada em Direito pela Universidade São Francisco, Pós Graduada em Marketing e Comunicação Integrada pelo Mackenzie e em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral e está cursando Ciências Contábeis pela FIPECAFI. Conta com 20 anos de experiência em Finanças e Operações, com maior expertise em Controladoria e Governança Corporativa e é membra associada do W-CFO Brazil.