A crise da Covid-19 acelerou a automação e a digitalização no local de trabalho, impulsionando a disrupção do mercado. De acordo com um relatório Global Gender Gap Report 2021do Fórum Econômico Mundial, dados apontam para desafios significativos para a disparidade de gênero no futuro dos empregos. A pesquisa mostra que as diferenças de gênero são mais prováveis em setores que exigem habilidades técnicas disruptivas — por exemplo, em Cloud Computing, as mulheres representam 14% dos profissionais; em Engenharia, 20%; e em Dados e Inteligência Artificial (IA), 32%.
Uma estratégia de aprendizagem eficaz pode ser uma aliada para reduzir as disparidades históricas de gênero que só foram exacerbadas pela pandemia, na visão da Degreed , plataforma de upskilling para sua força de trabalho usada por uma em cada três empresas da Fortune 50. Fundada em 2012, a sede da Degreed fica em Pleasanton, na Califórnia. A empresa também tem escritórios em Salt Lake City, Nova York, Londres, Amsterdã e Brisbane.
A própria empresa vem experimentando este processo. Desde a implementação de um programa de Diversidade, Inclusão e Pertencimento, em 2020, o número de mulheres em cargos de liderança passou de 25% para 42% e, entre as novas contratações, o equilíbrio de gênero subiu para 53,5%.
E neste Dia Internacional da Mulher, celebrado Dia 8 de Março, algumas executivas da Degreed compartilharam alguns caminhos de melhoria na redução de desigualdades de gênero nas organizações.
Annee Bayeux, Líder de Estratégia de Aprendizagem e Patrocinadora Executiva
do Grupo de Recursos de Negócios focado em Gênero:
“Um fator importante para apoiar uma cultura equilibrada de gênero é encontrar a tecnologia certa que pode não apenas ser inclusiva, mas aumentar a participação e o engajamento daqueles que, por qualquer motivo, são ‘invisíveis’. A tecnologia, e mais especificamente a inteligência artificial e o machine learning, pode gerar e propagar preconceitos ou, quando bem projetada para a democratização, pode ajudar a remover alguns dos preconceitos em nosso ambiente. Por exemplo, sistemas de recrutamento e gestão de carreira estão sendo projetados para ajudar a nivelar o campo de atuação, suprimindo informações que podem levar a vieses não intencionais. Na Degreed, projetamos nosso sistema de aprendizagem para se concentrar nas habilidades e na progressão individuais, o que eleva as vozes dos especialistas em toda a organização e não apenas as vozes dos ‘suspeitos usuais’ que sabem como se promover.”
Débora Mioranzza, Vice-Presidente para América Latina e Caribe da Degreed:
“As oportunidades das pessoas estão diretamente ligadas ao acesso que elas têm à educação e isso é particularmente verdadeiro quando falamos de mulheres. À medida que reconstruímos nossa sociedade após a pandemia, é crucial que os líderes empresariais priorizem iniciativas que coloquem a igualdade de gênero no centro de suas estratégias de recuperação e transformação. Isso beneficiará não apenas as mulheres na força de trabalho, mas as empresas que implementam essas políticas, pois pesquisas revelam que as organizações que promovem maior diversidade têm 81% mais chances de obter maior satisfação do cliente e os funcionários têm 45% mais chances de permanecer em suas empresas. Eles também têm duas vezes mais chances de dizer que atingiram suas metas de negócios nos últimos três anos.”
Janice Burns, Chief People Officer da Degreed:
“A educação e a diversidade podem transformar empresas e sociedades. Acredito que as habilidades sejam o grande equalizador para ajudar a oferecer oportunidades de carreira a partir de uma perspectiva de diversidade e inclusão. Habilidades são coisas objetivas que você pode aprender, medir, melhorar e transferir. Para promover organizações diversas e inclusivas, a pesquisa da RedThread descobriu as principais habilidades que impulsionam as culturas de Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento (DEIB) em todos os níveis de funcionários. Os indivíduos se beneficiarão da qualificação em autenticidade, coragem, reconhecimento de padrões e alfabetização de dados, gerentes em curiosidade, influência, negociação e determinação. As habilidades de liderança incluem flexibilidade mental, construção de relacionamento e assertividade.”
“Adotar uma abordagem com base em habilidades em toda a sua organização também reduzirá o viés em suas decisões de qualificação, promoção, contratação e outras decisões de talentos. Se você tem as habilidades certas para o seu papel, de onde você é, seu gênero, raça — tudo não importa. Fomentar uma cultura como essa é aquela que oferece oportunidades de crescimento, empoderamento e elasticidade de carreira, abrindo naturalmente portas para mais inclusão de todos os indivíduos. Particularmente as mulheres, pois quando a liderança adota uma abordagem mais orientada por dados para os esforços de DEIB, isso resulta em esforços posteriores que afetam especialmente as
mulheres.”
Susie Lee, Vice-presidente Sênior de Transformação e Otimização de Negócios
Globais e Diretora Executiva de DEIB da Degreed:
“A condução bem-sucedida de uma cultura de DEIB e a oferta de oportunidades de carreira fortes e imparciais em uma organização começa com a compreensão das habilidades necessárias. Os dados de habilidades acionáveis oferecem a todos uma maneira tangível e imparcial de construir as bases para uma organização inclusiva — uma habilidade de cada vez. O que é realmente empolgante é a capacidade de ação não apenas para o RH, mas em toda a empresa e em todos os níveis de trabalho, porque é somente tornando a DEIB parte das operações comerciais holísticas que a verdadeira mudança sistêmica ocorrerá nas equipes de RH e na comunidade empresarial mais ampla. As mulheres, em especial, muitas vezes sentem que microagressões e outros itens que prejudicam a DEIB acontecem nos detalhes da vida profissional. É vital entender como as interações do dia-a-dia podem resultar em uma experiência
geral dos funcionários que os deixa se sentindo alienados.”
“Para incentivar candidatos mais diversos a cargos de liderança, você precisa de uma abordagem multifacetada que construa talentos desde o início, que aborde a desigualdade sistêmica em todos os níveis e departamentos e que inspire as pessoas a fazer o melhor trabalho e alcançar todo o seu potencial. Dê às pessoas autonomia para escolher seu melhor ambiente de trabalho. Torne as oportunidades de talentos visíveis e acessíveis a todos, não apenas àqueles com as conexões certas. Configure programas de mentoria para inspirar e nutrir candidatos e vice-versa, para dar aos mentores a oportunidade de retribuir e desenvolver suas habilidades de liderança. Ouça seu povo, especialmente aqueles em minoria, e estabeleça maneiras de ouvir e aprender com suas experiências vividas.”
