A ENGIE Brasil Energia (EBE) publicou ontem (24/jun) seus resultados referentes ao 1T20, com um lucro líquido de R$ 512,0 milhões, que representou queda de 9,5% ante o lucro líquido de R$ 565,5 milhões em igual trimestre do ano passado, explicado principalmente por piora do resultado financeiro, em função do aumento do endividamento; parcialmente compensado por melhora do resultado operacional medido pelo EBITDA.

Cotada a R$ 42,38/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 34,6 bilhões, a ação EGIE3 registra queda de 16,6% este ano. Seguimos com recomendação de COMPRA. Preço Justo em revisão.

Destaques

A EBE registrou receita operacional líquida de R$ 2,6 bilhões no 1T20, com crescimento de 10,9% (R$ 255,8 milhões) em relação ao 1T19; reflexo do aumento de preços e volumes, melhor resultado de trading de energia e do segmento de transmissão.

O EBITDA no 1T20 somou R$ 1,3 bilhão, aumento de 9,8% (R$ 119,1 milhões) em comparação ao 1T19. A margem Ebitda foi de 51,3% no 1T20, com redução de 0,6 p.p. na mesma base de comparação.

O preço médio dos contratos de venda de energia, líquido dos tributos sobre a receita e das operações de trading; alcançou R$ 192,17/MWh no 1T20, valor 2,2% superior ao registrado no 1T19.

A quantidade de energia vendida no 1T20, sem considerar as operações de trading; foi de 9.473 GWh (4.337 MW médios), volume 3,5% superior ao comercializado no 1T19.

Ao final de março de 2020 a dívida líquida da companhia somava R$ 11,1 bilhões com incremento de 33,2% em relação a dívida líquida de R$ 8,3 bilhões do 1T19. O índice dívida líquida/Ebitda permaneceu estável em 2,1x. Ainda assim, por conservadorismo, decidiu rolar os vencimentos de curto prazo. Para a preservação de seu caixa, que terminou o 1T20 em R$ 4,2 bilhões, a empresa buscou a captação de novos recursos, rolagem de dívidas, adoção do stand-still do BNDES para certas subsidiárias e a negociação com clientes.

Entre outras ações, o Conselho de Administração da EBE decidiu reter o montante de R$ 949,7 milhões, que seriam distribuídos como dividendos complementares e que serão utilizados à aplicação direta na manutenção do parque produtivo e investimento em novos empreendimentos. Mesmo assim o payout de 2019 foi de 57% (composto por R$ 893,4 milhões em dividendos e JCP de R$ 354,0 milhões – que ainda serão pagos).

• A Diretoria Executiva da companhia definiu a data de 1º de julho de 2020 para o pagamento dos juros sobre o capital próprio (JCP) relativo a 2019, no valor bruto de R$ 354,0 milhões, correspondentes a R$ 0,4338619496 por ação. Os referidos juros serão pagos com base na posição acionária de 2 de dezembro de 2019. O retorno líquido foi de 0,8%.

Em 3 de março de 2020, foi concluída a operação de aquisição da totalidade das ações da Sterlite Novo Estado Energia S.A. O valor total da aquisição é de até R$ 410,0 milhões, sujeito ao cumprimento de determinadas condições previstas em contrato.

Ainda em março, a Fitch Ratings reafirmou a nota de crédito (ratings) Nacional de Longo Prazo, em escala local, em ‘AAA(bra)’, com perspectiva estável. Os ratings internacionais de longo prazo em moeda estrangeira e local da Companhia também foram reafirmados; respectivamente, em ‘BB’ e ‘BBB-‘, contudo, com a revisão do rating soberano em abril, passaram de perspectiva estável para negativa.

Como evento subsequente, foram assinados, com o BNDES, contratos de financiamento destinados à implantação do Conjunto Eólico Campo Largo – Fase II e do Sistema de Transmissão Gralha Azul, no valor total de R$ 2,7 bilhões.

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