INTERNACIONAL: Dólar sobe no exterior e futuros de NY alternam altas e baixas

Futuros de NY alternam altas e baixas e principais bolsas europeias apontam ganho marginal em meio a um noticiário pesado sobre contágio do coronavírus nos EUA e em outros países que coloca dúvidas sobre ritmo de flexibilizações das medidas de restrição. Número de casos de contágio do Covid-19 crescem mais de 34.500 pelo segundo dia nos EUA e projeção da University of Washington indica possibilidade de 180.000 mortos até outubro, aina que estudo aponte que uso de máscaras pode reduzir o estrago do vírus. Petróleo WTI tem maior queda em duas semanas com aumento de estoques nos EUA e propagação de casos do coronavírus no país despertando preocupações sobre a demanda da maior economia do mundo; futuros de gasolina computam maior recuo em dois meses com apreensão sobre medidas de restrição à circulação. Dólar sobe com apreensão sobre aumento de infecções do coronavírus ampliando demanda por ativos mais seguros.

ECONOMIA/PODER: Senado aprovou ontem o novo marco legal do saneamento no País

• Senado aprovou ontem o novo marco legal do saneamento no País. Apontado como instrumento crucial para a recuperação econômica depois da pandemia de covid-19, o projeto passou com 65 votos favoráveis, 13 contrários e nenhuma abstenção. De autoria do governo, a articulação da lei foi puxada pelos líderes do Congresso e por setores da iniciativa privada. Como não houve alterações na espinha dorsal do texto aprovado na Câmara, o projeto seguirá para sanção presidencial. O governo fechou um acordo para aprovar a proposta sem mudanças se comprometendo a vetar itens específicos. Com uma série de novas regras para o setor, o novo marco prevê a abertura de licitação para serviços de água e esgoto, autorizando a entrada da iniciativa privada nas concessões, facilita a privatização de estatais de saneamento e dá um prazo maior para os municípios acabarem com os lixões, entre outras medidas. (Estadão)

• Jair Bolsonaro orientou o Ministério da Economia a trabalhar uma redução escalonada do auxílio emergencial em três parcelas: R$ 500, R$ 400 e R$ 300. O custo fiscal é alto, da ordem de R$ 100 bilhões, o mesmo que haveria se fosse à frente a proposta inicialmente apresentada pelo Congresso, de renovar por duas parcelas de R$ 600. Bolsonaro deve discutir essa ideia com os presidentes da Câmara e do Senado. (Valor)

• Pressionado por prefeitos, o bloco conhecido como Centrão movimenta-se para barrar o adiamento das eleições municipais. A proposta de emenda à Constituição que muda a data das disputas por causa da pandemia do novo coronavírus foi aprovada anteontem no Senado, mas precisa passar pelo crivo da Câmara e não há acordo. O Centrão já avisou que não dará os votos necessários e tem o aval do presidente Jair Bolsonaro nessa articulação. A proposta que recebeu sinal verde do Senado prevê que as eleições para a escolha de prefeitos e vereadores sejam realizadas em 15 de novembro, no primeiro turno, e 29 do mesmo mês onde houver segunda rodada. (Estadão)

EMPRESAS: Gol buscou passar tranquilidade durante evento on-line organizado pela empresa para analistas e investidores

CIELO (CIEL3): A empresa de serviços financeiros Cielo informou nesta quarta-feira que foi aprovada a abertura de novo Programa de Recompra de Ações, em complemento ao programa de recompra aprovado em 19 de fevereiro de 2020. Da mesma forma que o programa anterior, agora serão adquiridas até 2.595.332 ações ordinárias. O prazo de vigência será de 25 de junho a 3 de julho. A aquisição das ações tem como objetivo fazer frente aos compromissos assumidos pela Companhia no âmbito dos programas de remuneração, retenção e incentivo de seus colaboradores e administradores. Os membros do Conselho de Administração entendem que a situação financeira atual da Companhia é compatível com a possível execução do Programa nas condições aprovadas e se sentem confortáveis de que a recompra de ações não prejudicará o cumprimento das obrigações assumidas com credores nem o pagamento de dividendos obrigatórios mínimos.

ENGIE BRASIL (EGIE3): A Engie, maior geradora privada do setor elétrico brasileiro, registrou uma queda de 9,5% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 512 milhões. O resultado reflete o crescimento das despesas financeiras, por conta das dívidas contraídas para financiar aquisições de ativos e projetos de expansão. De acordo com a companhia, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos; depreciação e amortização (Ebitda) teve um crescimento de 9,8%, alcançando R$ 1,3 bilhão. No mesmo período de comparação, a receita líquida da companhia subiu 10,9%, totalizando R$ 2,6 bilhões.

GOL (GOLL4): No meio da maior crise da história da aviação mundial, os executivos da Gol buscaram passar tranquilidade durante evento on-line organizado pela empresa para analistas e investidores. Segundo o presidente da companhia, Paulo Kakinoff, é possível que a Gol saia até mais forte do enfrentamento da pandemia. A Gol tem no seu portfólio uma marca forte, uma ampla linha de clientes no seu programa de fidelidade; além de custos menores de manutenção por escolher operar uma frota única. A crise da covid-19, entretanto, tem trazido mudanças significativas ao setor que podem comprometer a posição da companhia. Um dos movimentos mais recentes foi o acordo de compartilhamento de voos (codeshare) entre Latam e Azul, anunciado na semana passada. A partir da iniciativa, o mercado começou a colocar em xeque a posição privilegiada que a Gol teria. A disparada no dólar também tem sido uma pedra no sapato para as aéreas. Para compensar os desafios, a Gol procura atuar em diversas frentes. A mais recente conquista foi um acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA); que representa pilotos e comissários, para reduzir salários nos próximos 18 meses. Em outro front, a empresa pretende reduzir de 115 para 97 a frota de Boeing 737-NG no período de 2021 a 2022. A aérea teria espaço para diminuir ainda mais o número caso seja necessário.

SABESP (SBSP3) COPASA (CSMG3) SANEPAR (SAPR11): Com uma série de novas regras para o setor, o novo marco legal do saneamento básico, aprovado no Senado, prevê a abertura de licitação para serviços de água e esgoto, autorizando a entrada da iniciativa privada nas concessões, facilita a privatização de estatais de saneamento e dá um prazo maior para os municípios acabarem com os lixões, entre outras medidas. Uma das principais mudanças é o fim dos chamados contratos de programa, fechados entre municípios e empresas estaduais de saneamento sem licitação. Os contratos atuais poderão ser renovados por mais 30 anos, mas desde que uma negociação seja formalizada até março de 2022; e haja metas para universalização dos serviços de água e esgoto para a população. Com isso, a estimativa é que projetos de privatizações sejam colocados na mesa a partir do próximo ano. O governo federal estima que a universalização dos serviços de saneamento deve envolver investimentos de R$ 500 bilhões a R$ 700 bilhões. Além disso, há uma estimativa de que o novo marco legal do saneamento básico deve gerar cerca de 1 milhão de empregos no País, nos próximos cinco anos, o que colocou a proposta como primordial para a recuperação econômica e levou os senadores a votar o projeto em uma sessão remota no meio da pandemia do novo coronavírus.

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