Mercados começando o dia em alta comedida, mesmo considerando os riscos geopolíticos que deixam os investidores tensos.

Ontem foi dia de mercados acionários em alta em todas as principais Bolsas do mundo, com o Dow Jones subindo 2,04% e Nasdaq com +1,75%. Aqui, a Bovespa também em alta mais comedida de 1,25%, índice em 93.531 pontos, mas na máxima do dia cravou aquele patamar possível que vínhamos colocando de 95.215 pontos. Dólar encerrou o dia em alta de 1,79% com a moeda americana cotada a R$ 5,23.

Hoje, mercados ainda com viés positivo no mundo, mas tendo que observar maior prudência por conta de tensões geopolíticas e possibilidade de uma segunda onda de contaminação pela covid-19 em países e regiões, como a área de Pequim. Bolsas da Ásia encerraram o dia com viés mais para o positivo, Europa iniciando o dia com comportamento misto, mas já melhorando um pouco mais e futuros do mercado americano levemente positivo. Aqui, seria preciso retomar patamar ao redor de 98 mil pontos do Ibovespa para consolidar a recuperação.

Investidores hoje estão tendo que assimilar tensões geopolíticas entre a Coreia do Norte e do Sul, por conta de os coreanos terem explodido representação da Coreia do Sul no país, e ainda os conflitos na região do Himalaia entre exércitos da China e da Índia, com 20 mortes de indianos. No Japão, o déficit da balança comercial de maio foi de US$ 7,8 bilhões, fruto de queda das exportações em 28,3% e importações também encolhendo 26,2%.

No Reino Unido, a inflação medida pelo CPI (consumidor) de maio anualizado ficou em 0,5%, desacelerando de 0,8% anterior e bem longe da meta de 2%. No mês ficou estável. Esse mesmo indicador par a zona do euro foi de 0,1% anualizado (também bem longe da meta), vindo de +0,3% e com deflação de 0,1% no mês. No Chile, o banco central manteve a taxa de juros estabilizada em 0,5%, mas anunciou a compra de ativos.

No mundo hoje existem 153 drogas sendo testadas e em desenvolvimento contra a covid-19, e acelerando pesquisas para se ter vacinas antes do final do ano. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava queda de 1,90%, com o barril cotado a US$ 37,65. O euro tinha leve queda para US$ 1,125 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,77%. O ouro e a prata com quedas na Comex e commodities agrícolas com comportamento negativo na Bolsa de Chicago.

Aqui, o Brasil registrou ontem mais 1.282 óbitos, acumulando mortes em 45.241. Em Minas Gerais houve incremento forte de contaminação depois da abertura da economia. O Brasil foi atropelado pelo governo americano na indicação do novo presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), depois de Paulo Guedes ter conversado com o secretário do Tesouro Mnuchin.

O IPC da Fipe da segunda quadrissemana de junho acelerou para 0,20% da estabilidade no mês anterior. Depois de o STF quebrar o sigilo de aliados de Bolsonaro, o presidente falou em abusos e que pode usar de medidas legais.

Na agenda do dia teremos o volume de prestação de serviços em abril pelo IBGE, o Bacen mostra o fluxo cambial da semana anterior e no final do dia sai a decisão do Copom sobre política monetária (consenso de queda da Selic em 0,75%, para 2,25%), mas o comunicado é mais aguardado para vislumbrar se há chance de nova queda. Nos EUA indicadores não tão importantes, mas teremos novamente o presidente do FED falando na Câmara e repetindo o discurso, mas perguntas diferentes podem ensejar mudanças de expectativas.

No dia, a Bovespa pode tentar buscar nova alta, dólar ainda forte e juros mais longos em queda, mas depende das expectativas dos agentes ao longo do dia.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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