A maior incorporadora do Nordeste está realizando vendas de estoque e redução de suas despesas para preservar seu caixa.
Enquanto trata destas questões internas, a companhia vem analisando o mercado para poder voltar a fazer lançamentos.
De acordo com Diego Villar, o presidente da companhia, o setor imobiliário deve voltar aos níveis do ano passado somente em 2021.
Ele diz que hoje, o setor já possui crédito e taxas de juros atrativas, mas que sua recuperação depende exclusivamente do impacto da crise sobre o emprego.
A Moura Dubeux anunciou que retomou atividades nos canteiros de obra em Pernambuco e no Ceará, onde a cia concentra 70% de seu negócio e onde os canteiros estavam paralisados desde o final de março por conta da pandemia.
Nos outros dois estados em que a incorporadora atua (Bahia e Alagoas) não houve paralisação das obras.
Todos os seus 21 canteiros já estão funcionando, mas em Pernambuco, sede da incorporadora, a retomada ainda não é de 100%.
A paralisação das obras deve ter forte impacto sobre o balanço do segundo trimestre da companhia, já que a contabilização de receitas no segmento de construção é feita proporcionalmente ao avanço das obras.
No entanto, o presidente afirmou que não houve incremento significativo dos distratos, pois a incorporadora optou por renegociação e parcelamentos das intercaladas de alguns clientes previstas para junho, o que é positivo.
Impacto: Marginalmente positivo. O setor foi afetado pela crise e deve continuar sentindo seus efeitos mesmo durante a reabertura, já que a expectativa é de piores condições de desemprego. No entanto, o presidente da Moura Dubeux afirma que a cia está com posição confortável de caixa, possui crédito e taxas de juros atrativas e ainda não teve incremento significativo dos distratos.