“Se a maior economia do mundo começa a criar emprego e retomar, imagina o Brasil, que é uma emergente que depende dos Estados Unidos”
Após dados econômicos dos Estados Unidos que apresentaram uma recuperação significativa no mercado de trabalho, o Ibovespa também apresentou números positivos, somando alta maior de 3% aos 95.823,41, esse patamar não era alcançado desde março. Tendo assim, seu melhor mês de maio desde o mesmo período de 2009. A taxa de desemprego dos EUA foi de 14,7% para 13,3%, com a produção de 2,5 milhões de oportunidades de trabalho no mês anterior. De acordo com o relatório do Payroll, os dados mostram que a recuperação em V, isto é, após uma queda rápida da atividade econômica, acontece uma alta na mesma intensidade, das economias é uma realidade e que a crise do novo coronavírus (covid-19) pode ter uma duração menor nos países desenvolvidos. As mudanças ocorreram também na moeda norte-americana, que segue abaixo do patamar de R$ 5, sendo cotada a R$4,91.
Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, comenta sobre os dados positivos e como isso pode emplacar no Brasil. “Os dados bons dos EUA mostram uma coisa inicialmente: eles acertaram nas políticas monetárias, na injeção de dinheiro na economia, corte de juros rápido, e até mesmo na sua forma de cuidar dessa questão da pandemia, isolamento e tudo. Mostra também que a retomada já está acontecendo, ou seja, reabertura das economias já está mostrando resultados no preço do dia a dia. O preço do mercado já está precificando, e para o Brasil é importante, se a maior economia do mundo começa a criar emprego e retomar, imagina o Brasil, que é uma emergente que depende dos Estados Unidos. Então acaba sendo positivo, é por isso que estamos vendo o dólar desabando e as bolsas positivas”, analisa.
Fabrizio Gueratto, Financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira, confessa que está de acordo com Warren Buffett quando aconselhou nunca apostar contra a América. “Buffett tinha razão quando disse para nunca apostar contra a América. Foi assim em 2008 e novamente vemos o mesmo movimento. A capacidade do americano de sair de qualquer tipo de crise, seja uma guerra, um atentado ou uma pandemia é impressionante. Sempre lembrando que, a economia americana é o termômetro do mundo e isso vale para o Brasil”, finaliza.