A Linx, presente no mercado há 35 anos, é líder em tecnologias para o varejo, utilizando a nuvem, big data, inteligência artificial; entre outras inovações, que incluem softwares de gestão, SaaS, e-commerce, serviços financeiros (TEF e sub-adquirência) e cross selling, entre outras.
A empresa, que reafirma compromisso com o longo prazo, mostrou um forte crescimento de receita recorrente; representando 82,6% da receita operacional bruta, com 15,6% de crescimento nesse segmento. Ao final do 1T20, a Linx atingiu uma taxa de renovação de clientes de 99,0%, com baixa concentração de clientes. Do total das receitas recorrentes, Linx Core representou 75%, enquanto Linx Pay 14%, e Linx Digital responderam por e 11%.
Já as receitas de serviços apresentaram um crescimento de 61,5%, devido maior número de implantações de e-commerce no período (com integração de lojas a marketplaces, link de pagamentos). A Companhia destaca que em maio, o GMV da plataforma de e-commerce apresentou uma evolução de 145% a/a; assim como a demanda pela solução de Aplicativo de Delivery aumentou 4x entre janeiro e maio deste ano.
Os custos dos serviços prestados apresentaram um crescimento de 23,5% a/a. Estes aumentos decorreram de dissídios salariais, e de custos das operações adquiridas mais recentemente (PinPag e Neemo), além das demais aquisições realizadas durante 2019, que ainda busca agregar sinergias. A margem EBITDA apresentou retração de 10,2 pp, devido a (i) despesas para a incorporação das 5 empresas adquiridas nos últimos trimestres (ii) redução do GMV na última quinzena de Março, (iii) reestruturação organizacional realizada no 1T20; além de despesas não recorrentes somando R$ 3,5 milhões, referentes à antecipação de recebíveis
do Linx Pay Hub, due diligence de empresas adquiridas e despesas de consultorias para adequações ligadas à listagem nos EUA. Descontados os efeitos não recorrentes, a margem EBITDA ajustada teria apresentado uma redução de 6,5 pp a/a.
A Companhia registrou um Prejuízo Líquido de R$ 9 milhões no período vs um Lucro Líquido de R$ 17,1 milhões no 1T20; em consequência de uma despesa financeira líquida maior em relação à registrada no 1T19. Retirando os impactos de efeitos não recorrentes, o prejuízo foi de R$ 5,6 milhões.
O modelo de negócio baseado em receita recorrente demonstrou a resiliência. A LINX está bem se beneficiando das tendências de digitalização das varejistas de um modo geral; dado o efeito pandemia no varejo e acredita recuperar em trimestres seguintes considerando também as iniciativas adotas a partir da segunda quinzena de março. Entretanto, é importante observar com cautela a confirmação de capturas de sinergias das aquisições realizadas desde o início de 2019. Além da operação do Linx Pay, que atua no segmento de subadquirência e no longo prazo tende a ver a rentabilidade reduzir.
Ações COVID
A Companhia tomou diversas medidas para preservação do caixa, que envolveram a antecipação e redução dos custos de operações de nuvem, desaceleração do ritmo de aquisições, congelamento da abertura de vagas ou promoções, cancelamento de viagens de negócios, diminuição dos pedidos de compras, redução de custos com terceiros e negociação de aluguel dos escritórios. Também foram efetuadas negociações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com sindicatos que representam nossos funcionários e os prazos foram renegociados com fornecedores. Ações complementares envolveram a renegociação e postergação de condições com clientes, avaliação das perspectivas futuras por cada área de negócio e redução de distribuição de dividendos em 2020. A Linx tem procurado negociar caso a caso os vencimentos das faturas, conforme o relacionamento com o cliente.