A empresa informou acerca dos estágios nas vendas de participações no Campo de Manati e em várias concessões da Bacia do Espírito Santo.
A negociação da participação da Petrobras no Campo de Manati avançou para a fase não vinculante; quando os potenciais compradores recebem um memorando descritivo contendo informações mais detalhadas sobre o ativo, além de orientações para elaboração e envio das propostas.
Este campo está localizado a 10 km da costa do município de Cairú – BA, em lâmina d’água entre 35 e 50 metros. O campo iniciou sua operação em 2007 e sua produção média em 2019 foi de 105 barris por dia de condensado e 1.269 mil m3 /dia de gás, através da plataforma fixa PMNT-1. A Petrobras tem 35% de participação neste campo, sendo a operadora, tendo como sócias a Enauta (45%), Geopark Brasil (10%) e Brasoil Manati (10%).
A venda deste campo é de grande importância para a Enauta (ENAT3), que detém a maior participação no ativo. A Petrobras, que é a única compradora do gás produzido, interrompeu a aquisição do produto em fevereiro passado alegando “força maior”. A Enauta não concordou com este argumento e está em negociações com a estatal sobre a questão; dado que existe um contrato que obriga a compra de uma determinada quantidade (take or pay), que é de 2,5 milhões de m³ em 2020. Este campo está no final de vida útil, com sua exploração prevista para mais 3-4 anos.
No segundo comunicado, a Petrobras informou que iniciou o processo de desinvestimento (divulgação do teaser) de cinco blocos localizados na Bacia do Espirito Santo. Estas concessões foram adquiridas na 11ª Rodada de Licitações da ANP em 2013 e estão atualmente no primeiro Período Exploratório. A Petrobras é a operadora em todas os campos, sendo que sua participação é de 40% em três deles, 50% em um e 35% no outro.
Interessante também notar que em dois campos, ES-M-671_R11 e ES-M-673_R11, a Enauta tem participação de 20% em cada um.
A continuação do Programa de Desinvestimentos da empresa, neste momento de crise, se torna mais urgente, mas também de mais difícil execução.
Nossa recomendação para PETR4 é de Compra com Preço Justo de R$ 26,00 (potencial de alta em 28%). Em 2020, esta ação caiu 32,6% e o Ibovespa teve uma desvalorização de 23,4%. A cotação de PETR4 no último pregão (R$ 20,33) estava 34,9% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 87,4% acima da mínima.
GUIDE INVESTIMENTOS: PETROBRAS (PETR4) deu início a venda de blocos exploratórios
A Petrobras iniciou a etapa de divulgação da venda de fatia de sua participação em blocos exploratórios pertencentes a cinco concessões localizados na Bacia do Espírito Santo.
Estas concessões foram adquiridas em 2013 e agora estão em seu primeiro período exploratório.
O presidente da companhia, Roberto Castello Branco, disse em um evento que ocorreu online que a empresa não deverá buscar ajuda do governo para a retomada de suas operações, em meio à crise desencadeada pela
COVID-19.
Ele também afirmou que a estatal conseguiu criar um “estoque de liquidez” para sobreviver a um cenário de preços baixos, em níveis próximos a US$ 20 o barril.
A taxa de uso das refinarias da Petrobras está se recuperando após queda expressiva em abril.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), o fator de utilização do parque de refino da estatal vem se estabilizando nos últimos dias em torno de 75%.
Impacto: Positivo. A venda de fatias de participação da empresa nos blocos exploratórios vai em linha com sua estratégia de desinvestimento em ativos não estratégicos. Ainda, o presidente a cia afirmou que ela já está recuperando as grandes quedas nas taxas de utilização do parque de refino.
Mais: O conselho de administração da Petrobras aprovou uma mudança na política interna da estatal, para aumentar as indicações de profissionais de fora da empresa para seu alto comando. Com a medida, ocorre um aumento de 30% para 40% a proporção máxima de gestores oriundos do mercado nas gerências-executivas ligadas diretamente às diretorias da companhia. A empresa justificou, através de uma nota, que a mudança possibilitará que uma parcela maior de gestores da Petrobras se já oriunda do setor privado.