A empresa informou que por meio de sua controlada Petrobras Global Finance B.V (PGF); precificou uma emissão no valor total de US$ 3,25 bilhões de Global Notes em duas partes.
A primeira tranche da emissão será de US$ 1,5 bilhão, juros de 5,6% ao ano, vencimento em 2031 e com pagamento de rendimentos semestrais nos dias 3 de janeiro e 3 de julho.
A segunda parte será de IS$ 1,75 bilhão em títulos com juros de 6,75% ao ano; vencimento em 2050 e pagamento de rendimentos semestrais nos dias 3 de junho e 3 de dezembro.
A Petrobras vinha numa trajetória de redução da dívida, interrompida pela crise derivada da pandemia da Covid-19.
É importante lembrar que a Petrobras, ainda em março, captou linhas de crédito rotativo no valor próximo de R$ 45 bilhões para reforçar seu caixa. Isso foi muito importante, principalmente depois que se soube através de recente entrevista da diretora financeira da empresa; que está ocorrendo uma “queima de caixa” de US$ 1 bilhão ao mês neste contexto de crise.
Ao final do 1T20, a dívida líquida em reais da Petrobras era de R$ 380,2 bilhões, 19,6% maior que no 4T19 e 2,1% acima do mesmo trimestre do ano passado. Este aumento pode ser explicado pelo impacto da desvalorização do real na dívida denominada em moeda estrangeira e as captações realizadas para aumento da liquidez. A relação dívida líquida/EBITDA no 1T20 era de 2,7x, vindo de 2,5x no trimestre anterior e 3,2x no 1T19.
Nossa recomendação para PETR4 é de Compra com Preço Justo de R$ 26,00 (potencial de alta em 30%). Em 2020, esta ação caiu 34,0%, mais que o Ibovespa, cuja queda foi de 24,0%. A cotação de PETR4 no último pregão (R$ 19,93) estava 36,2% abaixo da máxima alcançada em 2020 e 83,7% acima da mínima.
GUIDE INVESTIMENTOS: PETROBRAS (PETR4) – A China parece estar retomando seu consumo de óleo
A China é o principal destino de exportação da Petrobras, e esta ultimamente vem dando sinais de recuperação no consumo de óleo cru.
No 1T20, a estatal vendeu para os chineses, um volume inferior em 12% vs. o mesmo período no ano passado, mas mesmo assim conseguiu manter suas exportações em alta.
A demanda do país pela commodity deve subir 16,3% no 2T20, de acordo com a consultoria Wood Mackenzie, comparado ao primeiro trimestre, quando a China entrou em uma crise econômica desencadeada pelas medidas de isolamento social, contra o novo coronavírus.
A expectativa é que o consumo chinês volte aos patamares de 13 milhões de barris/dia, no entanto ainda se mantendo 2,5% abaixo dos patamares do 2T19. A recuperação mais efetiva é esperada apenas para o segundo semestre, com aumento de 2,3% na demanda chinesa.
Impacto: Positivo. Os sinais de recuperação da demanda chinesa são bastante positivos à estatal que tem o país como seu principal destino de exportação. A expectativa é ainda melhor para o segundos semestre.