“Pelos modelos que estamos acompanhando e pela fragilidade da economia brasileira, acreditamos que seja 20% maior do que o número atual. Então, temos 12 milhões mais 20%”
Com a medida de isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus (covid-19), muitas empresas precisaram suspender as atividades ou, em alguns casos, fechar as portas. Como resultado disto, estima-se que o número de pessoas desempregadas deve dobrar, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a crise deve deixar pelo menos 12,6 milhões de desempregados. Além disso, no dia 1º de abril o Presidente da República, Jair Bolsonaro, editou a MP que previa cortes em salários e suspenção de contratos. O governo prevê que as medidas devem afetar pelo menos 73,5% dos trabalhadores com carteira assinada no Brasil, o que equivale a 24,5 milhões de pessoas.
Segundo dados do IBGE, no mês de fevereiro, o Brasil contava com pelo menos 33,6 milhões de trabalhadores com carteira registrada. Para Guto Ferreira, Analista Político-Econômico da Solomon’s Brain, o momento de crise só agrava algo que já vem acontecendo há algum tempo, e ressalta que nos EUA, muitos têm buscado respaldo por parte do governo. “O desemprego já é uma realidade que vai aumentar drasticamente. Nos Estados Unidos já está batendo índices históricos de pessoas pedindo o equivalente ao seguro-desemprego brasileiro, ou seja, proteção do estado”. Segundo o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, cerca de 168 milhões de americanos solicitaram seguro-desemprego nas últimas 3 semanas.
Ferreira afirma que aqui ainda não há como prever quantas pessoas poderão ficar desempregadas, mesmo com o aumento eminente deste número. “Aqui no Brasil ainda não é possível fazer uma previsão de qual o número de desempregados nós teremos, mas sabemos que vamos ter um aumento”. O Analista aponta que com base no cenário econômico atual no país pode-se esperar que o percentual de desemprego cresça pelo menos 20%. “Hoje, pelos modelos que estamos acompanhando e pela fragilidade da economia brasileira, acreditamos que seja 20% maior do que o número atual. Então, temos 12 milhões mais 20%”, conclui.
Sobre a Solomon’s Brain A Solomon’s Brain é um grupo de análise de cenários político-econômicos, formado por pessoas ligadas à diversas áreas de tecnologia, pensadores, ex-players político governamentais e acadêmicos. Fundada por Guto Ferreira, Ex-Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que já coordenou projetos de empreendedorismo na Prefeitura de São Paulo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. Hoje, Ferreira atua como Analista Político-Econômico e Diretor de Inteligência e Inovação na Solomon’s Brain. O Grupo visa, através da análise de cenários, uma ferramenta ainda pouco conhecida no país, auxiliar os clientes na tomada de decisões. Isso através do uso de probabilidades e algoritmos, complementando o planejamento do cliente, tornando-o mais seguro.