A M Dias Branco registrou no 1T20 um lucro líquido de R$ 137 milhões, com crescimento de 141% em relação ao 1T19 (R$ 57 milhões) mostrando crescimento de volumes, melhora do resultado operacional e recuperação das margens. Nesta base de comparação o volume de vendas total cresceu 22,4% aliado a alta de 1,5% nos preços médios, resultando na alta de 24,3% da receita líquida.
Os custos evoluíram 17,6% entre o 1T19 e o 1T20, em percentual abaixo do crescimento da receita. Já as despesas operacionais registraram alta de 29,9% em doze meses. Destaque para o aumento de utilização da capacidade e a consequente diluição dos custos e das despesas fixas. Esses aspectos, no seu conjunto, resultaram no crescimento de 104% do EBITDA e da margem que passou de 8,5% no 1T19 para 14,0% no 1T20.
Um resultado trimestral, em linha com o esperado, que refletiu a estratégia de crescimento nos seus mercados de atuação, a criação de novas categorias e o fortalecimento das exportações, com foco no incremento de produtividade e maior eficiência. A empresa também vem desenvolvendo novos canais de distribuição, como o varejo on-line, através das plataformas digitais de varejistas tradicionais e de empresas puramente digitais.
Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 45,00/ação que traz um potencial de alta de 38,2% em relação a cotação de R$ 32,57/ação (valor de mercado de R$ 11,0 bilhões). Nesse preço a ação MDIA3 registra queda de 14,1% este ano.
Destaques
• Volume total de vendas cresceu 22,4% ante o 1T19 (biscoitos +25,1% e massas +27,3%);
• A companhia manteve a liderança nacional nos mercados de biscoitos (33,2% de market share) e massas (32,4% de participação de mercado);
• A Receita Líquida registrou alta de 24,3% para R$ 1.637 milhões, sendo +103% nas exportações;
• O EBITDA cresceu 104% alcançando R$ 228,5 milhões e margem de 14,0%;
• O Nível de utilização da capacidade produtiva elevou-se de 66,5% no 1T19 para 71,0% no 1T20;
• Maior nível de verticalização de farinha de trigo (96,7% no 1T20 versus 84,2% no 1T19);
• Foram investidos R$ 56,3 milhões na infraestrutura (moagem, distribuiçãoe armazenagem);
• Ao final do 1T20 a companhia tinha uma dívida líquida de R$ 661 milhões, equivalente a 0,7x o EBITDA, levemente abaixo de 0,8x do 4T19.
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Companhia contou com forte crescimento na venda de biscoitos e massas, o que refletiu em aumento relevante de seu lucro e receita no 1T20.
Entre os destaques do resultado estão:
• O volume total de vendas foi maior e 22,4% vs. 1T19, sendo +25,1% em biscoitos e +27,3% em massas;
• O Ebitda da companhia foi maior que o do 1T19 em 103,8% totalizando R$228,5 milhões. Isso se deve principalmente ao efeito mix favorável do crescimento mais acelerado de itens com menor participação de farinha de trigo nos custos, pelo menor custo médio do trigo no 1T20 versus 1T19, pelo aumento da verticalização de farinha de trigo e pela maior diluição das despesas fixas com vendas e administrativas;
• Foram investidos R$56,3 milhões em sua infraestrutura, sendo destinados para (i) aquisição de equipamentos e construção de estacionamento para a nova unidade de moagem em Bento Gonçalves (RS); (ii) redesenho logístico, compreendendo novos centros de distribuição; (iii) aquisição e instalação de dois silos para armazenagem de farinha na unidade de Maracanaú;
• As exportações cresceram em 103,2%;
• A receita líquida encerrou o trimestre em R$1.6 bilhão, crescimento de 24,3% vs. 1T19. Registraram crescimento de dois dígitos nos volumes de biscoitos, massas, farinha/farelo e margarinas/gorduras, com ampliação de preço médio em todas as linhas de produtos, exceto em biscoitos, que ocorreu devido a principalmente uma série de iniciativas implementadas em 2019. Ainda, foi observado aumento da demanda a partir da segunda quinzena de março, por conta do distanciamento social, com preferencia para produtos de menor ticket médio, que também fazem parte de seu portfólio;
• A M. Dias Branco manteve sua liderança nacional nos mercados de biscoitos de massas, com market share de 33,2% e 32,4% respectivamente. Os números sofreram leve retração devido ao desempenho abaixo da expectativa durante os primeiros nove meses de 2019;
• Lucro líquido cresceu 140,8% frente ao 1T19, totalizando R$ 137 milhões;
• Grau de alavancagem da companhia foi de 0,8x no 4T19 para 0,7x.
Impacto: Positivo. A companhia foi beneficiada pela redução de 6,9% no custo médio do trigo consumido e também pelos efeitos do isolamento social, que levaram a um aumento das demandas.
