Dentre os principais destaques:
• Receita bruta apresentou leve crescimento de 0,6% no 1T20 vs. 1T19, atingindo R$ 9.719 milhões. Destaque para o crescimento da Natura & Co Latam crescendo 2,4%, enquanto a Avon Internacional demonstrou retração de 5,9%;
• O custo da mercadoria vendida apresentou avanço de 7,3% no A/A, atingindo R$ 2.878 milhões;
• O Ebitda ajustado, excluindo custos não recorrentes da aquisição da Avon de R$ 298,3 e R$ 102,9 milhões de PPA, atingiu R$ 571,5 milhões, com margem ajustada de 7,6%, vs. R$ 722,6 milhões no 1T19;
• O lucro líquido consolidado ficou em R$ -820,8 milhões vs. R$ -82 milhões no 1T19.
As sinergias anuais recorrentes da integração com a Avon aumentaram para entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões, crescimento de US$ 100 milhões, incluindo novas sinergias de receita e custo na Avon International a serem alcançadas ao longo de um período de quatro anos.
A companhia desalavancou a Natura Cosméticos, reduzindo a dívida líquida /Ebitda de 2,95x para 2,7x no 1T20. Porém, a holding ainda apresenta alto índice de alavancagem, 4,91x dívida líquida / Ebitda ou 3,84x quando observado o Ebitda recorrente.
A companhia também anunciou um aumento de capital para levantar entre R$ 1 e 2 bilhões, buscando reduzir a dívida em momento de queda no consumo global e integração da Avon.
O preço de emissão será de R$ 32 por ação, 12% abaixo do fechamento do último pregrão.
Os acionistas controladores, que juntos detêm 43,4% da empresa, se comprometeram a participar do aumento de capital, com investimento de, no mínimo, R$ 508 milhões. Outros investidores também ancoraram a oferta com mais R$ 492 milhões.
Vale lembrar que a companhia levantou R$ 750 milhões em linhas de até um ano nessa semana.
Impacto: Negativo. A Natura apresentou um resultado fraco e altamente impactado por fatores não recorrentes. Entretanto, o segmento da empresa deverá seguir pressionado pela conjuntura atual. Ainda, a oferta que a empresa pretende levantar, com 12% abaixo do fechamento do último pregão, também deverá refletir nos preços de negociação da companhia.