A EDP Energias do Brasil registrou no 1T20 um lucro líquido de R$ 271 milhões, acima do esperado, com queda de 8% em relação ao 1T19, cujos impactos da pandemia ainda se mostraram limitados. A receita operacional cresceu 15% alcançando R$ 3,3 bilhões e o EBITDA caiu 1% para R$ 699 milhões; sensibilizado pelo incremento de 21% dos gastos não gerenciáveis, limitando o crescimento da margem bruta para 4% entre os trimestres comparáveis. Já os gastos gerenciáveis cresceram 3% no período.
Cotadas a R$ 16,85/ação (valor de mercado de R$ 10,2 bilhões) a ação ENBR3 registra queda de 21,4% este ano. O preço Justo de R$ 21,00/ação traz um potencial de alta de 24,6%.
Destaques
• O volume de energia distribuída apresentou queda de 5,1% no trimestre para 6,2 milhões de MWh, sendo -0,8% na EDP São Paulo e -11,3% na EDP Espírito Santo. Do total da energia distribuída, os consumidores livres responderam por 44% e queda de 3,0% no trimestre. O mercado cativo, equivalente a 56% do total da energia distribuída, apresentou queda de 6,7%;
• No atual cenário, em relação ao volume das distribuidoras, a companhia destaca que “ainda não foi possível verificar impactos significativos no 1T20, entretanto, espera redução do volume de energia distribuída no 2T20, uma vez que nos 10 primeiros dias de abril já houve queda comparável à redução verificada no Brasil”;
• No contexto da pandemia a EDP concentrou esforços na proteção do caixa, identificando R$ 1,3 bilhão em redução de custos, racionalização de investimento, redução de dividendos e cancelamento de projetos. Adicionalmente, realizou o seu Plano de Captações, num valor superior a R$ 1,7 bilhão, para reforço de caixa ao longo do ano;
• Os investimentos somaram R$ 351 milhões no 1T20 com queda de 23% em relação aos R$ 458 milhões realizados no 1T19. Ao final do 1T20 a dívida líquida da EDP era de R$ 5,9 bilhões, 5% acima do 4T19; cuja alavancagem financeira consolidada alcançou 2,0 x o EBITDA.