Para Maia, uma mudança agora pode ser interpretada de forma negativa pela sociedade. “Acho que ele (Guedes) tem tentado colaborar da forma que ele acredita, por isso que muitas vezes a gente diverge, mas diverge do ponto de vista das ideias, não do pessoal. O que a gente espera é que, com menos turbulência, todos juntos possam construir um caminho para que o Brasil possa superar essa crise, com um dano menor.”
Maia e Guedes divergiram sobre como socorrer os Estados durante a pandemia. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que prevê a compensação da queda de arrecadação do Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) pela União. Já o governo federal quer oferecer um valor fixo atrelado a contrapartidas, como o congelamento do salário de servidores.
O projeto está sendo discutido agora pelo Senado Federal. “Acho que é legítimo que o Senado trabalhe e possa manter ou não, retificar o texto da Câmara, mas nós temos muita convicção”, afirmou Maia sobre o socorro aos Estados.
O deputado disse que sua convicção aumentou muito em relação à necessidade de garantir um seguro sobre a queda de arrecadação de impostos. “Não podemos esquecer que outros impostos, como o caso do IPVA, IPTU, também terão quedas de arrecadação grandes”, lembrou. “Vamos esperar o texto apresentado pelo presidente do Senado e vamos dialogar”, finalizou.