A companhia registrou no 4T19 um lucro líquido de R$ 3.120 milhões; 77% inferior ao lucro líquido de R$ 13.752 milhões de igual trimestre do ano anterior, explicado por impactos não recorrentes em 2018. O Lucro do 4T19 é composto pelo Lucro Líquido das operações continuadas de R$ 4.872 milhões e pelo Prejuízo Líquido de R$ 1.752 milhões referente às operações descontinuadas (distribuição).
O lucro recorrente do 4T19 foi de R$ 1.328 milhões, inferior aos R$ 2.967 milhões do 4T18, principalmente explicada pelo ajuste a valor justo da RBSE, que passou de uma receita líquida de R$ 1.143 milhões no 4T18 para uma despesa líquida de R$ 1.258 milhões no 4T19, em função da remensuração do ativo RBSE.
A Receita Operacional Líquida cresceu 3%, passando de R$ 7.134 milhões no 4T18 para R$ 7.339 milhões no 4T19. A Receita Operacional Líquida recorrente cresceu 7%, de R$ 6.872 milhões para R$ 7.395 milhões, nesta base de comparação. O EBITDA recorrente registrou um aumento de 11%, para R$ 3.248 milhões no 4T19 e se compara a R$ 2.935 milhões no 4T18.
Destaques de 2019
Em 2019 a Eletrobras registrou um lucro líquido de R$ 10.744 milhões, 20% inferior aos R$ 13.348 milhões obtidos em 2018; devido, principalmente, a eventos positivos não recorrentes do ano anterior. O lucro de 2019 é composto pelo Lucro Líquido das operações continuadas de R$ 7.459 milhões e pelo Lucro Líquido de R$ 3.285 milhões referente às operações descontinuadas (distribuição); destacando a privatização da distribuidora Amazonas Energia, que deixou de ser consolidada pela Eletrobras.
O lucro recorrente de 2019 foi de R$7.058 milhões, 9% maior que os R$ 6.799 milhões de 2018.
A Receita Operacional Líquida passou de R$ 25.772 milhões em 2018 para R$ 27.726 milhões em 2019; com destaque para a entrada em operação da UTE Mauá 3 da Amazonas GT e recebimento de GAG Melhoria relativa as concessões de geração renovadas pela Lei 12.783/2013.
O EBITDA IFRS, no valor de R$ 19.007 milhões em 2018, caiu para R$ 10.257 milhões em 2019, impactado, pelo evento não recorrente, em 2018; de reversão do impairment e contrato oneroso de Angra III no montante de R$ 7.243 milhões contra uma provisão; para a mesma obra, em 2019, de R$ 462 milhões em 2019.
Em base recorrente, a Receita Operacional Líquida cresceu 7%, de R$ 25.738 milhões em 2018 para R$ 27.676 milhões em 2019. O EBITDA recorrente cresceu 5% de R$ 12.540 milhões em 2018 para R$ 13.210 milhões em 2019.
O indicador da Dívida Líquida/EBITDA recorrente terminou o ano em 1,6x reflexo das medidas de desalavancagem tomadas pela companhia.
A dívida líquida recorrente cresceu 5% entre o 4T18 e o 4T19, chegando a R$ 21,041 milhões, A dívida bruta sem Reserva Global de Reversão (RGR) de terceiros, o aumento foi de 10% entre os trimestres, para R$ 46,781 milhões em 2019.