Após a aprovação da reforma previdenciária, o nível de confiança estava aumentando, embora de modo lento, na opinião da Fitch. Aproveitando a ampla liquidez e os juros em recordes de baixa, grandes empresas estavam levantando dívida por meio dos mercados de capital – “portanto reduzindo sua alavancagem com os bancos”, comenta.
Os juros baixos também ajudaram as empresas menores, diz ela.
Mas o novo ambiente de negócios após a pandemia é “desafiador”, já que a situação de liquidez no curto prazo da maioria das companhias do País será afetada, alerta a Fitch.
Isso gera dúvidas sobre o futuro da geração de fluxo de caixa e, consequentemente, da evolução do emprego no país, “considerando as dificuldades para prever o tempo para a recuperação da economia”.
Com isso, a Fitch revisou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para crescimento de 1,7% (de avanço de 2,2% previsto em dezembro), dizendo que a estimativa pode ser revisada mais vezes, a depender do ritmo da piora econômica.
Em um quadro de incertezas, os bancos podem ser mais conservadores ao precificar seu empréstimos, o que pode também limitar a liquidez do sistema, aponta a agência em sua nota.