INTERNACIONAL: Bolsas e commodities sobem, dólar cai com BCs
Bolsas globais avançam e dólar recua ante maioria das demais moedas com otimismo de que bancos centrais e governos promoverão estímulos para proteger a economia global e os mercados do impacto do coronavírus. S&P futuro sobe, mas segue volátil e já oscilou hoje entre +2,4% e -2,1%. Bolsa de Tóquio subiu 1%, revertendo queda de 1,5% na mínima, após o presidente do BC japonês, Haruhiko Kuroda; emitir comunicado dizendo que o que o BOJ “se esforçará para fornecer ampla liquidez e garantir a estabilidade nos mercados financeiros”. Índice chinês CSI 300 Index subiu mais de 3% apesar de o PMI manufaturas do país despencar de 50 para 35,7 em fevereiro. Na sexta, presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o BC americano está monitorando o coronavírus; usará suas ferramentas e agirá de forma apropriada, se for necessário. Minério de ferro sobe junto com metais em Londres; petróleo tem 1ª alta em sete sessões após descer a US$ 44,76 na sexta.
ECONOMIA/PODER: Comissão especial da reforma tributária terá início de fato amanhã e o relator da proposta
• A comissão especial da reforma tributária terá início de fato amanhã e o relator da proposta, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), definiu que quer reduzir o período de transição do modelo atual para o novo. (Valor)
• Com a falta de dinamismo econômico e o envelhecimento da população, em muitos municípios os recursos pagos pelo INSS têm adquirido uma importância cada vez maior. (O Globo)
• Em 2010, quando o PIB registrou alta de 7%, os benefícios pagos pelo INSS — como aposentadorias, pensões, auxílio-doença e BPC/Loas, pago a idosos e deficientes de baixa renda — representaram mais de um quarto de tudo o que foi produzido em 487 municípios. (O Globo)
• Uma das principais apostas do Banco Central para baixar a taxa de juros cobrada pelos bancos está provocando disputa entre as instituições financeiras pequenas e grandes, que estão de lado opostos na briga pela definição da nova política para incentivar a competição no mercado de crédito no Brasil. O Banco Central quer que os bancos compartilhem entre si dados como a renda dos clientes e o histórico de crédito. (Estadão)
• O governo pretende criar fundos de investimentos imobiliários e vender participações que detém em imóveis foreiros para reduzir um estoque que hoje chega a 750 mil propriedades. (Valor)
EMPRESAS: Via Varejo revisa projeção de receita 2020 para alta de 10% a 20%
CORONAVÍRUS: O surto de coronavírus deve afetar da Zona Franca de Manaus ao comércio de rua de São Paulo (25 de Março) e ainda do Rio (Saara), com o impacto podendo ser sentido nas próximas semanas. É o que mostra o levantamento feito em 11 setores com base em análises e informações setoriais. A China é o principal parceiro do Brasil para produtos como soja, minério, petróleo, carnes e celulose, além de ser importante fornecedor de insumos. A Abinee, por exemplo, diz que 57% das empresas associadas já apresentam problemas no recebimento de materiais, componentes e insumos como telas e celulares.
CVC (CVCB3): A operadora e agência de viagens CVC Brasil informa, em fato relevante, que constatou indícios de erros em seu balanço de 2019. Em análise preliminar, afirma haver sinais de incorreções na contabilização de valores transferidos aos fornecedores de serviços turísticos referentes às receitas próprias dos mesmos. Para apurar possíveis irregularidades, a companhia determinou a realização de uma análise independente, que será conduzida pelo Comitê de Auditoria. Se os erros forem confirmados, a CVC explica que poderão ser necessários ajustes contábeis “significativos” nos resultados reportados pela companhia. Estima-se preliminarmente que o impacto potencial acumulado dos referidos ajustes na receita líquida de vendas da CVC Brasil seja da ordem de R$ 250 milhões. O montante considera os exercícios sociais de 2015 a 2019, equivalente a aproximadamente 0,5% das reservas totais e a 4% da receita líquida da empresa no período acumulado até 30 de setembro do ano passado.
ENEVA (ENEV3) & AES TIÊTE (TIET11): Eneva informa em fato relevante que enviou no domingo, 1, uma proposta vinculante de incorporação e fusão à AES Tietê, “resultando na unificação das bases acionárias em uma companhia aberta listada no Novo Mercado da B3, com sólido portfólio de ativos, recursos complementares e potencial de se beneficiar de significativas sinergias operacionais e financeiras”. “A Operação compreende uma relação de troca de 0,0461 ações ordinárias de emissão da Eneva para cada ação ordinária ou preferencial de emissão da AES Tietê ou de 0,2305 por UNIT, mais uma parcela em dinheiro total de R$ 2.750.641.308,80, equivalente a R$ 1,38 por cada ação ordinária ou preferencial ou R$ 6,89 por UNIT”, diz o fato relevante assinado pelo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eneva, Marcelo Habibe.
NATURA (NTCO3): Natura & co atualizou o Formulário de Referência de 2020 para detalhar as estimativas de sinergias que espera capturar como resultado da combinação de negócios com a Avon. Os valores seguem no intervalo entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões, mas a empresa agora afirma que a maior parte das sinergias será capturada na América Latina. A projeção compreende os anos entre 2020 e 2022. O valor esperado para as sinergias com suprimentos fica na faixa entre US$ 100 milhões e US$ 140 milhões, com a otimização de matérias-primas, serviços de frete e funções administrativas.
POSITIVO (POSI3): Após meses de impasse, as empresas que disputam o fornecimento de urnas eletrônicas para as eleições deste ano revelaram suas propostas financeiras ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira, 28. O menor preço foi da Positivo Tecnologia, R$ 799,9 milhões, enquanto o consórcio Smartmatic/Diebold, único concorrente, ofereceu o mesmo serviço por R$ 1,7 bilhão. A vencedora da licitação, no entanto, depende ainda da análise de eventuais recursos apresentados no processo de compra. O valor é maior que a estimativa inicial do TSE, que era de gastar R$ 696 milhões para comprar até 180 mil novas urnas para usar nas eleições municipais de outubro. O impasse no processo de compra das urnas se arrasta desde o segundo semestre do ano passado. O aviso da licitação foi publicado em julho. Em setembro, a empresa Positivo e o consórcio Smartmatic/Diebold entregaram ao tribunal a documentação para concorrer ao contrato. Os dois, porém, foram desclassificados por não atenderem às exigências do edital, mas ganharam mais uma chance para corrigir as falhas apontadas.
VIA VAREJO (VVAR3): A Via Varejo prevê crescimento da receita total consolidada neste ano em um intervalo entre 10% e 20%. Os números estão em uma atualização do Formulário de Referência de 2019 feita hoje pela varejista. Anteriormente, o documento previa um aumento de “dois dígitos” da receita, mas não especificava nenhum número ou intervalo. Os demais guidances foram mantidos. Para a receita online consolidada, a expectativa é de alta de aproximadamente 30% no valor bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês). A margem Ebitda ajustada deve aumentar entre 5% e 7%, excluindo-se os efeitos da norma contábil IRFS 16. A Via Varejo estima ainda um orçamento de investimentos (capex) entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões para este ano. O valor precisa ser aprovado na Assembleia Geral Extraordinária marcada para 29 de abril. Outro ponto que será apreciado pelos acionistas é a abertura de 70 a 90 lojas neste ano.