A taxa de desemprego dos 3 meses terminados em janeiro foi de 11,2%, marginalmente abaixo da expectativa do mercado (11,3%). Com ajuste sazonal, a taxa de desemprego caiu de 11.6% para 11.5%.
• Comparando com um ano antes, a taxa (nsa) apresentou queda 0.8 pp, enquanto me dezembro a redução tinha sido de 0.6 pp (de 11.6% em dez/18 para 11.0% em dez/19).
A taxa de crescimento da população ocupada não acelerou, mas continuou avançando a um ritmo similar ao observado nos últimos meses, enquanto a PEA mostrou estabilidade. Houve, no entanto, nova queda da taxa de participação.

Já os rendimentos apresentaram novo recuo na comparação interanual, sem mostrar crescimento com relação a jan/19. Apesar do aumento dos rendimentos nominais, o efeito foi compensado pelo aumento da inflação no final do ano. Mas a continuação do crescimento da população ocupada ainda tem garantido crescimento da massa salarial em torno de 2,0%, ainda que tenha havido redução da taxa de crescimento nos últimos dois meses.

De modo geral, o mercado de trabalho segue em trajetória de melhora, ainda que lenta.

EUA: PCE (janeiro)

My take:
• O PCE veio abaixo do esperado pelo mercado tanto no índice cheio como na leitura subjacente (principal métrica de inflação para o FED). Ademais, ambas as leituras tiveram revisões baixistas no mês passado.
o PCE Core (MoM): 0.1% (esperado: 0.2%; anterior: 0.2%)
o PCE Core (YoY): 1.6% (esperado: 1.7%; anterior: 1.6%; revisado para: 1.5%)
• De forma geral, a leitura reforça que não há ameaça inflacionária ao FED no curto prazo. Na margem, o coronavirus é um grande risco que se sobrepõem a nossa visão já mais pessimista em relação a economia americana. Assim, na ausência de pressão inflacionária, abre-se claro espaço para mais acomodação por parte do FED.
Comentários:
• O PCE veio abaixo do esperado pelo mercado tanto no índice cheio como na leitura subjacente (principal métrica de inflação para o FED). Ademais, ambas as leituras tiveram revisões baixistas no mês passado.
o PCE Deflator (MoM): 0.1% (esperado: 0.2%; anterior: 0.3%)
o PCE Deflator (YoY): 1.7% (esperado: 1.8%; anterior: 1.6%; revisado para: 1.5%)
o PCE Core (MoM): 0.1% (esperado: 0.2%; anterior: 0.2%)
o PCE Core (YoY): 1.6% (esperado: 1.7%; anterior: 1.6%; revisado para: 1.5%)
• No comparativo anual, a parte de serviços permanece contribuindo com aceleração acima da meta de 2% do FED (%YoY), ainda que a aceleração tenha sido notadamente mais fraca do no mês anterior (%MoM) e que as médias móveis apresentem expansão abaixo do patamar de 0.2% MoM.
• Bens duráveis seguem contribuindo negativamente para o índice na evolução em doze meses, enquanto bens não duráveis apresenta forte avanço ao longo dos últimos meses.
• De forma geral, a leitura reforça que não há ameaça inflacionária ao FED no curto prazo. O índice subjacente segue confortavelmente abaixo da meta e os riscos para a atividade decorrentes do coronavirus são evidentes. Na margem, o coronavirus é um grande risco que se sobrepõem a nossa visão já mais pessimista em relação a economia americana. Assim, na ausência de pressão inflacionária, abre-se claro espaço para mais acomodação por parte do FED. O mercado já precifica um corte para março, o que será abordado em maior profundidade em uma nota separada hoje.
Felipe Sichel
Estrategista do banco digital Modalmais
Fonte: https://www.modalmais.com.br/blog

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