Bolsas europeias têm leve baixa e S&P futuro oscila perto da estabilidade, com investidores acompanhando os desdobramentos do surto de vírus na China. Número de mortos pelo surto de coronavírus atingiu 910, superior ao da SARS, e o número de infectados entre as pessoas a bordo de um navio de cruzeiro em quarentena no Japão quase dobrou para 136, o maior surto fora da China. Fábricas chinesas retomam atividades diante de incerteza sobre alcance do vírus. Petróleo tem leve baixa e se mantém em torno de US$ 50 após cair nas últimas cinco semanas com redução da expectativa de encontro da Opep. Cobre e níquel sobem em Londres; minério de ferro estende queda com investidor atento ao vírus e no aguardo de relatório de produção da Vale e de notícias sobre impacto de ciclone na Austrália.
ECONOMIA/PODER: Governo quer finalizar nos próximos dias a proposta de reforma administrativa
• Como resultado da queda dos juros básicos da economia nos últimos anos, o custo da dívida pública brasileira fechou 2019 no menor nível da história. Dados do Banco Central mostram que a taxa implícita da dívida bruta do País ficou em 7,8% no acumulado de 12 meses. Sem mudanças nas condições gerais, a projeção é de uma economia de R$ 120 bilhões neste ano, e de R$ 417,6 bilhões até 2022. (Estadão)
• A redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) na semana passada, para o menor patamar histórico de 4,25% ao ano, reforçou a necessidade de procurar um investimento que, ao menos, não deixe seu dinheiro ser corroído pela inflação. (Globo)
• O governo quer finalizar nos próximos dias a proposta de reforma administrativa, que deverá atingir os servidores dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). (Valor)
• Confiante no crescimento sustentável da economia nos próximos anos, o presidente do Morgan Stanley no Brasil, Alessandro Zema, afirma que o setor privado assumiu o protagonismo da economia em um momento em que o governo se esforça para cortar custos. (Estadão)
EMPRESAS: Via Varejo aprova compra de 80% da banQi, pode ficar com 100%
ALPARGATAS (ALPA4): Alpargatas teve lucro líquido consolidado de R$ 128 milhões no quarto trimestre de 2019, alta de 38,5% em relação ao resultado registrado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido considerando-se as operações continuadas foi de R$ 135 milhões, alta de 14,1% em um ano. O Ebitda foi de R$ 214,5 milhões nos três últimos meses de 2019, alta de 35,8% na comparação anual. A receita líquida no quarto trimestre foi de R$ 1,142 bilhão, alta de 5,6% em um ano. Alpargatas encerrou o quarto trimestre e o ano de 2019 com endividamento de R$ 278,7 milhões. Com o saldo de caixa de R$ 577,9 milhões, a empresa somou posição financeira líquida de R$ 299,2 milhões. A geração operacional nos 12 meses findos em dezembro de 2019 foi de R$ 389 milhões.
BRADESCO (BBDC4): Conselho de administração do Bradesco vai propor aos acionistas um aumento de capital com reservas de lucros no valor de R$ 4 bilhões, com bonificação de ações. Assim, o capital social do banco passa para R$ 79,1 bilhões. A data-base da bonificação será informada após a aprovação da operação pelo Banco Central. Cada acionista vai receber uma nova ação para cada 10 que possuir nesta data a ser definida, e da mesma categoria das atuais.
CCR (CCRO3): CCR conseguiu na justiça a suspensão da redução das tarifas de pedágio na Rodovia Presidente Dutra em 5,26%, que havia sido determinada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) na terça-feira (4). A rodovia é operada pela concessionária NovaDutra, controlada pela CCR. A redução que havia sido determinada pela ANTT abrangia a todas as praças de pedágio da BR-116 entre as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. A decisão foi resultado de um processo administrativo, e foi tomada levando-se em conta as exigências legais que foram levantadas pela concessionária, por meio de Mandado de Segurança.
IRB BRASIL RE (IRBR3): A carioca Squadra publicou neste domingo, 9, uma nova carta aos seus cotistas sobre o IRB Brasil Re, na qual reafirma sua opinião sobre a recorrência dos resultados da companhia. Desta vez um pouco mais enxuta, com 50 páginas, a correspondência traz uma análise das informações que o próprio ressegurador tem dado ao mercado em relação aos pontos questionados na publicação anterior sobre o investimento short, ou seja, que aposta na queda de suas ações, no dia 2. A Squadra abre a correspondência ressaltando que a publicação anterior atraiu duas formas de repercussão que, em sua visão, merecem esclarecimentos. De acordo com a Squadra, algumas reportagens que abordaram a carta fizeram referências a práticas contábeis não lícitas. A carioca reitera, contudo, um trecho inicial da correspondência publicada há uma semana. Na carta anterior, a Squadra lista cinco eventos não-recorrentes que teriam impactado nos resultados do ressegurador. A Squadra ressalta que, no primeiro documento, não afirmou haver problemas nos números contábeis do IRB ou existirem razões, legais ou regulatórias que exijam a divulgação de lucros de modo diferente ao feito pelo IRB. Em uma espécie de retratação, a gestora diz ainda que apenas explicou que houve ganhos que entende como “extraordinários” ou “não recorrentes”.
VIA VAREJO (VVAR3): Via Varejo aprovou na última sexta-feira o exercício de opção de compra de 80% das ações do banQi, banco digital que já tinha participação do grupo. Quando consumada a operação, a Via Varejo poderá passar a ser titular de 100% do banQi. A fintech está presente em 200 lojas Casas Bahia, e em comunicado, a Via Varejo afirma que em 30 dias, o aplicativo estará disponível em todas as lojas. Os clientes podem realizar saques e depósitos em suas contas no banQi nas unidades da Casas Bahia.
Por Genial Investimentos