O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a produção industrial nacional recuou 0,7% em dezembro frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal), segunda taxa negativa seguida e acumulando nesse período recuo de 2,4%. Em relação a dezembro de 2018 (série sem ajuste sazonal), a indústria caiu 1,2%, após também assinalar perda no mês anterior (-1,8%). Com esses resultados, o setor industrial recuou tanto no fechamento do quarto trimestre de 2019 (-0,6%), como no acumulado do segundo semestre do ano (-0,9%), contra iguais períodos do ano anterior.

No índice acumulado do ano, a atividade industrial recuou 1,1% frente a igual período de 2018, interrompendo, dessa forma, dois anos consecutivos de crescimento: 2017 (2,5%) e 2018 (1,0%).

Na queda de 0,7% da atividade industrial, na passagem de novembro para dezembro de 2019, três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados mostraram redução na produção.

Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,7%) e máquinas e equipamentos (-7,0%), com a primeira acumulando recuo de 9,7% em três meses consecutivos de queda na produção; e a segunda intensificando a perda de 2,0% verificada em novembro de 2019.

Outras contribuições negativas relevantes vieram de indústrias extrativas (-1,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,2%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), de metalurgia (-1,9%), de produtos de metal (-2,9%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,5%), de produtos de minerais não-metálicos (-1,8%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%).

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Por outro lado, entre os nove ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,2%), que acentuou o ritmo de crescimento observado no mês anterior (1,7%). Vale destacar também os resultados positivos assinalados pelos setores de impressão e reprodução de gravações (39,8%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,3%), com o primeiro impulsionado, em grande parte, por encomendas especiais e mostrando expansão pelo terceiro mês seguido, após recuar 29,3% em setembro de 2019; e o último avançando pelo segundo mês consecutivo e acumulando ganho de 7,3% nesse período.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital, ao recuar 8,8%, mostrou a queda mais acentuada em dezembro de 2019 e manteve o comportamento predominantemente negativo presente desde maio de 2019, acumulando nesse período redução de 12,9%. O resultado de dezembro foi a queda mais intensa desde maio de 2018 (-18,5%). Os segmentos de bens de consumo duráveis (-2,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,4%) também assinalaram taxas negativas nesse mês, com ambos marcando o segundo mês seguido de queda na produção e acumulando perdas de 5,7% e 2,1%, respectivamente. Apenas o setor de bens intermediários apontou variação positiva (0,1%), após recuar 1,7% no mês anterior.

(MR – Agência Enfoque)

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